OPINIÃO

Que Deus sempre abençoe os escritores e poetas!

29/10/2023 | Tempo de leitura: 3 min

O Dia Nacional do Livro, 29 de outubro, hoje, surgiu em homenagem à fundação da Biblioteca Nacional do Livro, em 1810, pela Coroa Portuguesa. Na época, D. João VI trouxe para o Brasil milhares de peças da Real Biblioteca Portuguesa, formando o princípio da Biblioteca Nacional do Brasil (fundada em 29 de outubro de 1810). A data, além de homenagear e destacar a importância da Literatura e dos escritores, também busca conscientizar as pessoas sobre os prazeres da leitura.

Com efeito, desde a Antiguidade, a obra literária é a grande companheira do ser humano, tanto que André Maurois brilhantemente indicou: "A leitura de um bom livro é um diálogo incessante: o livro fala e a alma responde". Os livros tem sido de grande relevância para o desenvolvimento das sociedades e para o crescimento intelectual do ser humano, permitindo-lhe registrar fatos relevantes da sua história, tornando-se um dos maiores  vetores da sabedoria geral. Eles realmente transmitem ideias, sonhos, fantasias, realidades e tantos outros atributos através das palavras, propiciando-nos entretenimento e educação,  desenvolvendo a criatividade, a imaginação e a aquisição de valores.

E mesmo com a utilização plena e quase total da internet, muita gente se mantém fiel aos livros, sendo diversos já publicados "on line",  mostrando que a evolução dos meios de comunicação e da própria tecnologia não impediram que as pessoas se afastassem do maravilhoso costume de ler. Eles realmente transmitem ideias, sonhos, fantasias, realidades e tantos outros atributos através das palavras, propiciando-nos entretenimento e educação,  desenvolvendo a criatividade, a imaginação e a aquisição de valores.

E nessa trilha, reitere-se que a nossa cidade é visivelmente privilegiada na área da literatura, contando com inúmeros e bons escritores, além de editoras e livrarias. Possui três academias literárias, a Jundiaiense de Letras, que honrosamente presidi por duas vezes; a Feminina de Letras e Artes e a Jundiaiense de Letras Jurídicas; uma associação, o Grêmio Pedro Fávaro;  uma ótima biblioteca municipal e uma particular, o Gabinete de Leitura Ruy Barbosa.

Tenho um hábito: leio e posto diariamente trabalhos de poetas, consagrados ou não, tornando minha existência mais alegre, serena e permanentemente esperançosa. E agradeço a Deus por existirem pessoas que em determinados momentos recebem inspiração para criar obras poéticas que nos encantam e levam a um mundo de magia, fantasia e até de reflexão. Prestando-se como meio de comunicação e expressão, dotado de inúmeros recursos, é um gênero literário que se diferencia por ter como matéria prima a interioridade de seus autores.

Realmente, a poesia é uma forma de arte que inspira e encanta. Ela transfere esperanças, angústias, alegrias e tristezas, mas sempre é uma obra sublime e superior. Apesar de se originar do grego, significando criação ou fabricação, a palavra vem há muito tempo denominando a arte de escrever em versos e eu completo: para nosso deleite. Guilherme de Almeida assim a concebeu: "Poesia não é rosa./ E não é mesmo./ Se poesia fosse rosa, para que o canteiro?.../ Poesia é terra./ Separada desta, será apenas verso, pedaço, coisa amputada/ que murcha, apodrece, acaba".

Costumo dizer que todo dia é de poesia, já que em qualquer parte do mundo, felizmente, há alguém todo momento evocando sensações, impressões, empatias, ligações e afeições, por meio de sons e ritmos harmônicos. Além do mais, as letras musicais são versos poéticos e, assim, ela se faz presente na vida de quase todas as pessoas. Ilustrativamente, basta invocar um gênero popular brasileiro muito difundido, especialmente no Nordeste: a poesia de cordel, cujos trabalhos versam sobre os mais variados temas da atualidade, da história e da vida política da região.

O  Dia Nacional da Poesia é comemorado a 31 de outubro, próxima terça-feira, em comemoração a data de nascimento de Carlos Drummond de Andrade, um dos maiores poetas brasileiros.

JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor e professor da Faculdade de Direito do Centro Universitário Padre Anchieta de Jundiaí. É ex-presidente das Academias Jundiaienses de Letras e de Letras Jurídicas. Autor de diversos livros (martinelliadv@hotmail.com)

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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