Opinião

Israel x Palestina: guerra infindável

10/10/2023 | Tempo de leitura: 3 min

O combate entre a Palestina e Israel permanece como um desafio mundial, envolvendo questões de alta complexidade que interfere na geopolítica contemporânea, e se estende há décadas de perturbações e batalhas. O gatilho nascituro dos intermináveis conflitos foi disparado com o fim do Mandato Britânico na Palestina e a consecutiva criação do Estado de Israel em 1948, fazendo da região como estrado de conflitos constantes e mudanças consideráveis.

Já se completou 50 anos do início da Guerra do Yom Kippur, também chamada de Guerra do Ramadan pelos árabes, uma batalha responsável por marcas profundas que delinearam a conduta da região. Portanto, é primordial refletir sobre os eventos que continuam a influenciar o presente e o futuro da Palestina e de Israel.

A Faixa de Gaza é uma região superpopulosa, com aproximadamente 2,9 milhões de habitantes, numa região pequena de 40 Km, e está isolada por mais de 17 anos, sendo controlada via terrestre pelo Egito e via aérea e marítima por Israel, e atualmente é governada pelo Hamas (Movimento de Resistência Islâmica). Mas no último sábado (7), a tragédia e a violência se intensificaram, acirrando os ânimos diante do surpreendente ataque da Faixa de Gaza contra Israel, já sendo considerado como um dos mais graves das últimas décadas, com aproximadamente 2.000 mortes até hoje, dos dois lados do conflito, fruto da fragilidade sociopolítica da região.

É totalmente repugnante e condenável a ocorrência de ataques a alvos civis, independentemente do lado envolvido no conflito, que vitimizam o próprio povo decorrente de decisões políticas. Todavia, o Hamas alega que o ataque desferido contra Israel não é uma ofensiva e sim uma ação defensiva contra mais de 7 décadas de violência, humilhações, genocídios e ações terroristas de Israel contra a população palestina. No entanto, precisamos nos aprofundar no fato gerador do conflito para compreender suas verdadeiras razões, mas absolutamente nada justifica a morte de inocentes e as significativas perdas ao longo dos anos.

O que foi mais impressionante foi a grave falha na segurança de Israel, cuja inteligência não funcionou e o País foi atingido violentamente pela investida do Hamas, que insiste em afirmar que se trata de um revide pela perda de terras, restrições de movimento, dificuldades econômicas, escassez de recursos básicos e a constante presença militar israelense em suas vidas cotidianas, mas sabemos que a historia não é bem essa.

Logicamente, Israel, através do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, respondeu com vigor, declarando guerra contra o Hamas, dizendo que enfrentará um "preço sem precedentes" pela sua ofensiva. A guerra atual é caracterizada por uma combinação de infiltração, ataques de mísseis e confrontos em várias frentes. Como resultado, a região está mais uma vez mergulhada na incerteza e no sofrimento humano.

E qual o posicionamento do Brasil, diante dessa guerra recém deflagrada? Boa pergunta, só não podemos esquecer que o Grupo Hamas, que é considerado grupo terrorista pela União Europeia, Estados Unidos e Reino Unido, parabenizou o Presidente Lula pela vitória das eleições em 2022, tendo inclusive o chamado de "lutador pela liberdade", cuja conquista foi reconhecida em agradecimento ao contínuo e forte apoio aos palestinos em todos os foros internacionais.

E o Governo Brasileiro já enviou aeronaves para resgatar os brasileiros que estão na região do conflito, a fim de trazê-los para o Brasil. E a guerra só está no começo!

José Roberto Charone é advogado (charoneadvogados.com.br)

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

1 COMENTÁRIOS

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  • VIVALDO JOSE BRETERNITZ
    11/10/2023
    o que é \"gatilho nascituro\"?