Opinião

Economia, meio ambiente e paz

26/07/2023 | Tempo de leitura: 2 min

Pelos registros dos acontecimentos recentes no mundo, é pertinente o questionamento, pela sociedade mundial e, em particular, do Brasil, quais as perspectivas para a economia mundial; para o meio ambiente e, enfim, para a paz mundial.

A economia mundial vem andando de lado, com a China, segunda maior economia do mundo, crescendo apenas 0,8 % no segundo trimestre deste ano, em relação ao trimestre anterior, e projetando um crescimento próximo de 5,0 % para 2023.

A Europa comemora a discreta saída de uma condição de recessão econômica, para um baixo crescimento neste ano.

Da mesma forma, verificamos duas grandes economias: Os Estados Unidos, a maior economia do mundo e o Japão, a terceira maior economia mundial.

Quanto a paz no mundo, temos uma situação de extrema preocupação com a Guerra da Rússia, na Ucrânia, cada vez mais acirrada e com a utilização de armamentos pesados e o uso da, IA - Inteligência Artificial, com drones atingindo alvos vitais para a Ucrânia e, agora, com a Rússia proibindo as exportações ucranianas, através do Mar Negro, de milho e trigo - cerca de trinta milhões de toneladas, que abastece países africanos e da Ásia, o que já vem provocando aumento nos preços desses alimentos e perspectivas de crescimento da fome e insegurança alimentar em países africanos. Não há nenhuma solução da Guerra em vista e, ao contrário, pode haver implicações de conflito com países da OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte - (aliança militar de vinte e nove países).

É também muito preocupante a presença de aviões militares e um número elevado de navios de guerra da China, próximos de Taiwan, o que se considera a possibilidade de uma crise maior entre os países. Taiwan tem a proteção americana.

Quanto ao meio ambiente, há ainda grandes indefinições. Terminou recentemente, em Bruxelas, capital da Bélgica, o encontro de líderes da União Europeia (vinte nove países) e da CELAC - Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (cerca de trinta e três países), para tratar de questões econômicas; o acordo de Livre Comércio entre o Mercado Comum Europeu e o Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai); investimentos europeus nesses países, voltados para a infraestrutura e tecnologias, contemplando os setores de energia, meio ambiente e de saneamento básico.

Em meio a inúmeras tratativas e reuniões, a União Europeia anunciou um investimento de cerca de 45 bilhões de euros (aproximadamente, R$ 270 bilhões), nesses setores, na América Latina e nos países Caribenhos, valor que poderia chegar, até o ano de 2027, em 350 bilhões de euros.

Foi, até aqui, apenas uma narrativa, porque em todos os documentos e atas dos fatos ocorridos e decisões firmadas, nada constou sobre esses investimentos.

Como o Presidente Lula falou: "Os países ricos só falam em investimentos na Amazônia, mas, o fato é que quase nada investem."

Messias Mercadante de Castro é professor de economia, membro do Conselho de Administração da DAE S/A e Consultor de Empresas (messiasmercadante@terra.com.br)

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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