OPINIÃO

Dia do Hospital

02/07/2023 | Tempo de leitura: 3 min

O Dia do Hospital é comemorado a dois de julho, hoje, data da fundação da Santa Casa de Misericórdia da cidade de Santos, um dos maiores hospitais do Brasil, no ano de 1945, pelo governo do presidente Getúlio Vargas. É uma forma de homenagear os profissionais que trabalham na área da saúde, dentro dos hospitais, como nutricionistas, médicos, enfermeiros, radiologistas, terapeutas, psicólogos, secretárias, faxineiras, cozinheiras, dentre outros.

No decorrer de todos esses anos, a celebração se transformou, em escala mundial, numa excelente oportunidade de conscientização e realização de promoções que enfatizam a importância do cuidado com a saúde humana. Principalmente em nosso país no qual quase que permanentemente ela é desleixada por nossas autoridades, provocando uma situação caótica e vergonhosa na área em todo o território nacional.

Há uma notória percepção de que a qualidade de vida está relacionada a um conjunto de políticas - indo do saneamento, da habitação, da educação e da cultura até às políticas voltadas para a geração de renda e emprego, mas a saúde é fundamental e sem a qual não há satisfação ou comodidade. Evidentemente em nosso país não há muito que se comemorar nessa data que também poderia ser festiva, se a maioria de nossos homens públicos cumprissem efetivamente com seus deveres sociais e constitucionais.

Os reflexos dessa situação são evidenciados todos os dias: filas em postos de saúde e hospitais; marcação de consultas e de cirurgias com longos períodos de espera; hospitais com tecnologia desatualizada e sucateada; profissionais nem sempre atualizados, muitas vezes em decorrência do excesso de horas de trabalho mal remunerado, que impede disponibilidade de tempo e recursos econômicos para sua imprescindível reciclagem e atendimento precário de portadores de moléstias graves; doentes praticamente largados em corredores das instituições e muitos outros exemplos desoladores.

Também podemos apontar inúmeras tentativas de se utilizar deste importante setor para fins políticos. No entanto, o conceito moderno de saúde indica que ela se constitui no bem-estar do indivíduo nos aspectos físico, mental e social. Por isso, o Dia do Hospital serve para lembrar a todos que a saúde é coisa séria e como tal, deveria ser tratada, pois ao contrário, revela-se em fiel depositária de muitas das mazelas sociais, como constantemente podemos verificar em todos os rincões brasileiros.

Além disso, devemos reverenciar sempre os profissionais da área.

A maioria se revela em símbolo de acolhimento, cuidado e muito trabalho, merecedores, não só nossa gratidão, como toda valorização e respeito do público em geral. Já se disse que estão presentes todos os dias e todas as noites. Que atuam com pessoas que acabaram de chegar, no nascimento de bebês, por exemplo, até com as que estão em momentos delicados, em UTIs, com difíceis enfermidades. Eles são não somente especialistas no corpo humano, mas também em emoções, em cuidado, em carinho. Para muitos, técnica e coração caminham juntos.

Santa Isabel e o Dia do Panificador - O próximo sábado, 08 de julho é consagrado à Santa Isabel, padroeira dos padeiros, razão pela qual se comemora o Dia do Panificador. A panificação é uma atividade muito antiga. Os primeiros pães foram assados sobre pedras quentes ou debaixo de cinzas nos primórdios da civilização. No Brasil, com a chegada dos imigrantes italianos a atividade começou se expandir. Assim, a história do pão e, consequentemente, a do padeiro, permeia toda a história da humanidade, principalmente no âmbito religioso. O pão se tornou o símbolo da vida, alimento do corpo e da alma. Até hoje simboliza a fé, na missa católica, pois a hóstia consagrada representa o corpo de Cristo.

JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor, professor universitário e ex-presidente das Academias Jundiaienses
de Letras e Letras Jurídicas (martinelliadv@hotmail.com).

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