No último fim de semana (3 e 4 de junho), aconteceram dois acidentes no bairro Santa Gertrudes, em Jundiaí, envolvendo carros e deixando os integrantes feridos. O aumento significativo de acidentes preocupa os moradores, que estão inseguros com a falta de sinalização.
O barbeiro Eduardo Portonezi, 24 anos, mora em frente a rua Eduardo Póvoa, local onde ocorreu o acidente na madrugada de sábado (3), na qual um carro, modelo Kadett, perdeu o controle e colidiu com um poste, deixando os três passageiros gravemente feridos. "Eu moro bem em frente ao local do acidente. Em torno de 00h45 eu estava no meu quarto quando ouvi um barulho muito forte. Subindo na rua, vi que o carro havia colidido com três pessoas dentro. Eu ajudei eles e chamei a ambulância", explica o barbeiro. "Sinceramente o bairro aumentou o fluxo de carros, que se inicia na Estrada Velha e vai até a Anhanguera, eu acredito que 90% não é do bairro e só transita por aqui e realmente ficou muito mais perigoso. Justamente na minha rua os carros passam em uma velocidade muito alta, não respeitam o limite. Tem alguns pontos que deviam ter algum sinaleiro, lombada e até mesmo aqui no parque não tem uma faixa de pedestre, dificultando o movimento das pessoas que passam", ressalta.
Uma moradora da rua Ricardo César Fávaro, uma das mais movimentadas do bairro, com descida ingrime, conta que tem o acesso dificultado por conta do grande fluxo de carros, até mesmo para atravessar a rua. "Aqui é muito complicado, achamos que iria melhorar por conta do radar, mas os carros, depois que o passam, descem em alta velocidade. Muitas vezes eu não consigo sair de casa em horário de pico, só quando 'uma alma bondosa' dá passagem, porque é um carro atrás do outro, as motos também descem muito rápido. Então em questão de segurança e trânsito, o nosso bairro está cada vez mais caótico. Eu com criança pequena, às vezes para atravessar a rua, tenho dificuldade porque mesmo em frente a escola tendo faixa de pedestre, o pessoal não respeita. Ficamos muito inseguros até mesmo para atravessar a rua. Moro nessa rua há quase 20 anos e percebo que tem ficado cada dia pior devido ao alto fluxo de carros de bairros vizinhos e dos próprios moradores", explica a moradora, que preferiu não se identificar.
"Atualmente no bairro Santa Gertrudes, o número de acidentes cresceu muito, devido ao intenso trânsito em horários de pico, mas também pela imprudência de muitos motoristas e motociclistas que não respeitam as sinalizações e abusam do uso de bebidas alcoólicas no volante. Me sinto cada vez mais insegura quando saio com meu carro, mesmo fazendo minha parte como condutora e também como pedestre, pois está cada vez mais difícil e perigoso", explicou outra moradora, que preferiu não se identificar.
PREFEITURA
Para melhorar a segurança nas vias municipais e aprimorar as condições de trânsito de veículos e pedestres, com adequações que proporcionam fluidez e organização, a Unidade de Gestão de Mobilidade e Transporte (UGMT) tem realizado diversas ações no Jardim Santa Gertrudes, assim como em outros bairros de Jundiaí, as quais envolvem manutenção e/ou implantação de sinalização de solo, lombadas, sinalização vertical e horizontal, entre outras necessárias.
As medidas são adotadas com estudos e monitoramento, previstas na Lei de Mobilidade Urbana de Jundiaí, e também atendem a solicitações de munícipes.
No início deste ano, atendendo demanda de moradores do Jardim Santa Gertrudes, bem como para melhorar o deslocamento de motoristas, a UGMT implantou sentido único de direção na rua Professor Carlos de Almeida, da rua Orlando Maurício Zambotto para a avenida Francisco Napoleão Cid de Freitas. Outras adequações recentes foram a implantação de sentido único de direção na rua Angiolina Anselmi Ermani e ajuste no tempo semafórico no cruzamento da avenida Vitório Baradel com a rua Alice Guimarães Pelegrini.
As medidas adotadas resultaram na proteção da vida dos moradores e motoristas do local, visto que não foram registrados pela UGMT acidentes com vítimas fatais neste ano.
A gestão de todas as vias do município, cada qual com suas características e necessidades, visa manter e/ou melhorar o fluxo de veículos e a segurança das pessoas, sendo as prioridades das mudanças realizadas. Por isso, essa região continua em monitoramento pelas equipes da UGMT.