HABITAÇÃO

Em Jundiaí, 12 mil famílias aguardam moradia popular

Para desafogar o alto déficit habitacional, FUMAS tem investido em programas sociais e apoia conduta de Lula

Por Mariana Meira | 19/05/2023 | Tempo de leitura: 3 min
Jornal de Jundiaí

DIVULGAÇÃO/PMJ

Jundiaí tem convênios assinados com governo estadual para custear entregas de moradia
Jundiaí tem convênios assinados com governo estadual para custear entregas de moradia

Segundo informações da Prefeitura de Jundiaí obtidas pelo Jornal de Jundiaí na tarde de ontem, o município conta, atualmente, com pelo menos 12 mil famílias no aguardo por moradia popular. O tema foi debatido durante o programa diário “Difusora 360”, que recebeu como entrevistado o superintendente da Fundação Municipal de Ação Social (FUMAS), José Galvão Braga Campos, o Tico.

“Nosso cadastro gira em torno desse número de famílias que precisam de moradia popular. E para suprir a necessidade do atual déficit habitacional na cidade, precisaríamos até de um pouco mais de 12 mil”, disse.

De acordo com ele, estão nessa estatística pessoas de todas as faixas consideradas de maior vulnerabilidade, em especial as famílias que recebem até três salários mínimos. Também estão previstos no programa “Auxílio-Moradia”, que garante o pagamento de R$ 850 mensais para custear o aluguel.

Nessa classificação, segundo Tico, são cerca de 200 no município. “É um número alto já, tendo em vista que Jundiaí é uma cidade que não é barata. Mesmo assim, temos um dos maiores auxílios do Brasil”, frisou.

Para solucionar o problema do déficit habitacional, a Prefeitura de Jundiaí conta com alguns convênios assinados com o governo do Estado de São Paulo. Um deles vai permitir um lançamento, previsto para ser entregue em breve, segundo Tico, na avenida da Uva, no bairro Traviú. “Vamos entregar 504 unidades nessa região. São terrenos de 150 metros, com casas de 50 metros. A demanda era de 2 mil unidades, mas é muita coisa. Não podemos fazer um aglomerado de pessoas, temos que dar qualidade de vida.”

No São Camilo, outro convênio já assinado vai custear a entrega de 195 unidades para moradores de baixa renda ou que estão recebendo o auxílio. No Tamoio, o antigo hospital psiquiátrico já adquirido pela prefeitura vai passar por planejamento e desdobro da área, além de uma reurbanização social de um pedaço invadido.“Ali vamos fazer programas habitacionais para lançar de 300 a 400 apartamentos”, completou.

No Meias Aço, serão 400 unidades entregues. Na região, porém, o poder público trabalha com os desafios geográficos locais, uma vez que o bairro, segundo Tico, está abaixo da cota do rio, que, quando transborda em dias de chuva, causa inundações nas casas. Segundo Tico, após os próximos lançamentos, a FUMAS vai realizar um novo cadastro para atualizar o número de famílias que ainda esperam por uma casa popular.

MINHA CASA, MINHA VIDA

Na opinião de Tico, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem conduzido de forma positiva a política de habitação popular. No início da gestão, o presidente anunciou a retomada do programa “Minha Casa, Minha Vida” com mudanças, colocando de volta a possibilidade da Faixa 1, que agora é voltada para famílias com renda bruta de até R$ 2.640 (antigamente a renda exigida era de R$ 1.800).

“A estagnação de moradia popular é um problema muito sério, e quando os governos não viabilizam esse direito, nós degradamos a sociedade. O governo federal tem razão em voltar forte com o programa, porque isso alavanca o país: fortalece a construção civil e gera distribuição de renda.”

Segundo ele, a atual gestão do prefeito Luiz Fernando Machado tem trabalhado para incentivar que empresários invistam no município, onde, quando manifestam interesse social, encontram alguns benefícios, entre eles a isenção de impostos.

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