Arquétipos são modelos ou padrões de personalidade que estão presentes no inconsciente coletivo, dos quais podemos usar como referências em nossas vidas para autoconhecimento e evolução. Muito usado pela psicologia e terapias holísticas, pois são símbolos que determinam o que sentimos quando os vemos, ouvimos ou percebemos, não importa se de forma consciente ou inconsciente.

Pelo dicionário, arquétipo significa tipo primitivo ou ideal, protótipos, modelo.

Em uma visão metafísica, arquétipos são as energias primordiais do universo, que servem de fonte para a criação e também função de tudo o que existe.

A compreensão dos arquétipos e seus símbolos é muito importante no processo de autoconhecimento e evolução pessoal, assim como pode ser uma excelente ferramenta de marketing, com grande impacto na criação de marcas, na identidade visual pessoal e de empresas ou para o desenvolvimento de produtos para atingir em cheio aqueles que se identificam.

A energia da Mãe aparece na forma de entrega, de transformação, de auto cura e de amparo, estando vinculada com a Terra (Primeiro Chakra), com a água (Segundo chakra) e com tudo aquilo que nos enraíza, nos protege, alimenta e sacia as nossas mais puras necessidades.

A Grande Mãe ou Deusa Mãe é uma divindade feminina primordial que pode ser encontrada em formas muito diversificadas em muitas culturas a partir da pré-história. Sua figura se refere ao simbolismo materno de criatividade, nascimento, fertilidade, sexualidade, nutrição e crescimento. Muito marcante na cultura andina, onde esta energia é representada pela Pachamama, ou Mãe Terra, aquela que possui o dom da purificação e da limpeza, além do poder de plantar no coração de todos o amor e o perdão, sendo considerada aquela que semeia a vida em nosso planeta.

Como amanhã é o Dia das Mães, dia da primeira mulher de nossas vidas, da qual jamais poderemos nos separar, mesmo estando distantes, já que a temos de maneira muito marcada em nós, vale uma reflexão sobre este lindo arquétipo.

Homens e mulheres, temos todos que ser uma boa "Mãe" para nós mesmos, isso quer dizer que  podemos administrar a vida de modo saudável e feliz, como uma mãe faz com um bebê, ou seja, se alimentando bem e estando atento às necessidades físicas, percebendo o que é preciso para se sentir seguro e protegido. Quanto mais nos cuidarmos, estaremos menos propensos em procurar em outras "mães" esse conforto, pois saberemos reconhecer que dentro de nós há um porto seguro.

A nossa mãe biológica fez todo o possível para nos trazer a este mundo: ela foi o portal de entrada da nossa vida na Terra. É necessário nutrirmos uma relação saudável com nossa mãe para que possamos evoluir emocionalmente e espiritualmente nesta existência.

Mãe, uma palavra pequenina, mas de um significado infinito, repleto de amor e acolhimento. Que neste dia possamos reverenciar a mãe que existe em nós mesmos, e àquela que nos trouxe para a vida. Um lindo dia das Mães para todas as Mães. Muita saúde a todos.

Liciana Rossi é educadora física (licianarossi@terra.com.br)