Opinião

A diplomacia internacional

03/05/2023 | Tempo de leitura: 3 min

As relações internacionais de um País são da maior importância para uma crescente e sustentável inserção comercial, como necessário se faz, para a evolução empresarial e para a melhoria da produtividade da força de trabalho e, ao mesmo tempo, na diplomacia junto à organização multilaterais como a ONU (Organização das Nações Unidas); outros orgãos e junto às outras nações.

O pragmatismo deve ser direcionado soberanamente para os interesses do país e, nunca, segundo o entendimento e visão unilateral de seu representante maior e, ou, da Diplomacia Nacional.

A suscetibilidade de um posicionamento enviesado; de vaidades pessoais, pode redundar em sérios prejuízos para os negócios e o posicionamento nas relações multilaterais com outros países e, na condição de país emergente, podemos perder investimentos externos e atrasar a evolução científica e tecnológica nacional.

O Brasil vem se posicionando para ser membro do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). A pergunta necessária será se estamos preparados para ocupar esse importante papel no mundo e votar contra ou a favor de países em conflito, chamando para o Brasil essa responsabilidade, que pode redundar em tomar partido e ou, eventualmente, tornar países nossos adversários.

A manifestação feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando de sua visita à China, de que a guerra na Ucrânia com a Rússia é culpa dos dois países e que os Estados Unidos e países da Europa Ocidental estão fomentando ou estimulando a guerra, causou um grande mal-estar internacional, cujas consequências ainda não se revelaram. É importante salientar que essa é a visão individual do presidente e não do povo brasileiro.

Estamos à porta para fecharmos um acordo de livre comércio entre o Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) e o Mercado Comum Europeu (vinte sete países europeus), que poderá representar um grande avanço econômico e social para a América do Sul e, portanto, é preciso muita prudência no posicionamento internacional.

Na Diplomacia Mundial, a "voz do silêncio" deve ocorrer frente a questões complexas entre países e regiões. As manifestações, somente após o tempo necessário, para as mais prudentes reflexões consensadas.

O Brasil, na condição de 11ª ou 12ª maior economia global, embora sejamos um país de economia relativamente fechada, temos valores agregados invejados pelo mundo, mas também temos gargalos de estrangulamentos que impedem um crescimento econômico maior e sustentável que, em grande parte, dependem dos nossos parceiros comerciais internacionais.

Um entrave está no baixo nível de produtividade da mão de obra nacional, que torna os nossos produtos mais caros no exterior.

Outro fator negativo se situa na péssima distribuição da renda nacional, altamente concentrada nas mãos de "poucos e grandes bolsões" de pobreza no País.

É, em parte, como consequência dos pontos apontados acima, que temos um baixo nível de poupança interna, entre 15%/16% do PIB (Produto Interno Bruto), totalmente insuficiente para os necessários investimentos em saneamento básico, infraestrutura, educação, saúde e proteção ao meio ambiente.

É por tudo isso e mais que precisamos seguir a máxima: "Quando não puder constituir um amigo, não constitua um inimigo."

Messias Mercadante de Castro é professor de economia, membro do Conselho de Administração da DAE S/A e Consultor de Empresas (messiasmercadante@terra.com.br)

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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