Opinião

Uma opinião, um pedido de apoio e um convite

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Não é comum eu fazer isso neste espaço que o JJ gentilmente me concede. Sempre trato de apenas um assunto em minha coluna. Mas hoje farei diferente. Hoje tem opinião, um pedido de apoio e um convite.

Vamos lá!

Luto

Ontem, uma colega de profissão foi assassinada. Depois de trabalhar por décadas no Instituto Adolfo Lutz, já aposentada, Elisabeth Tenreiro, 71 anos, prestou concurso para docente em escolas do Estado. Era querida por todos. Animada, amava seus filhos e netos. Amava também a educação: acreditava no poder do ensino para mudar o país, as pessoas, o mundo. Foi morta a facadas dentro da sala de aula por um aluno de 13 anos em São Paulo.

Como professor, essa notícia me abalou bastante. Poderia ter sido eu, outro professor. Outro apaixonado pelo ensino. Outra pessoa que também acredita que a educação tem um poder transformador. Que apesar de não ter segurança ou apoio continuou até o fim trágico. Triste saber que tudo isso poderia ter sido evitado (a polícia foi avisada previamente sobre o comportamento do aluno assassino e nada fez). Triste saber que pensam que a solução está em armar os professores.

Luta

Acontecimentos como esse estão se tornando muito comuns em nosso país. Mas por que? Onde estamos errando enquanto sociedade? Simples: banalizamos a violência. Valorizamos a justiça feita com as próprias mãos. Importamos dos estadunidenses a ideia de que a arma não nos deixa reféns. Muitos que se dizem cristãos defendem que é preciso estar armado para proteger a si e aos seus, mas esquecem que o poder de tirar uma vida está apenas nas mãos de Deus e que não podemos resistir ao mal. Muito triste perceber que, graças à apologia que muitos políticos e formadores de opinião fazem de uma luta cultural, de uma bobagem de medo do comunismo (que NUNCA foi e nem será implantado na Terra). Isso sim é um problema. Todos os que defendem a violência como resposta à violência têm sangue nas mãos.

Apoio

Mudando de assunto: o querido amigo José Arnaldo de Oliveira, cientista social e jornalista de mão cheia, apaixonado pela natureza e por Jundiahy, sofreu um acidente: quebrou o fêmur, vai passar por cirurgia e precisará de cuidados e muito apoio para uma recuperação plena. Arnaldão não esperava por essa (na verdade, ninguém conta com algo assim). Para dar um apoio nos custos não previstos (tais como medicamentos de emergência, cuidadora etc), alguns amigos resolveram criar uma vaquinha para apoiar esse grande cara (que é, na minha opinião, um dos melhores seres humanos que conheci). Vamos ajudar? Basta acessar o link https://benfeitoria.com/projeto/vaquinhaurgenteprozearnaldo e doar o quanto seu coração mandar.

Convite

O Polytheama receberá, nos dias 3 e 4 de abril, a encenação musical 'La Pietá', idealizada a partir de passagens da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. À frente dos trabalhos, o querido amigo e irmão padre Leandro Megeto. O elenco, coro e orquestra são formados, em sua maioria, por jovens que participam do Caminho Neocatecumenal da Paróquia Nova Jerusalém. Esse evento é uma forma de ajudá-los a participarem da Jornada Mundial da Juventude que ocorrerá em Lisboa em agosto deste ano. Acesse o link https://bileto.sympla.com.br/event/80398 e garanta seu ingresso. Vale a pena. Será um evento emocionante e belo.

Samuel Vidilli é cientista social (svidilli@gmail.com)

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