Para ir a todos os shows, foi preciso realizar planejamento e economia. De acordo com o fã, os ingressos ficaram em torno de R$4 mil e R$5 mil. Contando com as passagens para os outros estados, o valor chega a R$6 mil reais. Além disso, com o adiamento dos shows, que seriam em outubro de 2022 e foram adiados para março deste ano, foi possível que Felipe pagasse os ingressos sem passar por problemas financeiros.

Além do planejamento financeiro, foi preciso se programar para conciliar o seu trabalho como professor universitário e a rotina de shows. "Foi fácil conciliar pois eu sabia dos shows já no ano passado, então quando planejei as aulas do semestre, já sabia os dias que eu me ausentaria e com isso não prejudicar o plano de ensino das minhas disciplinas", contou ele.

Felipe Schadt é fã da banda desde meados de 2005 e já foi anteriormente a outros shows do Coldplay no Brasil. Atualmente, o fã viu os oito shows da nova turnê da banda. "Não é uma experiência nova pra mim. Eu já fiz isso com o U2 em 2017, quando fui em todos os quatro shows que fizeram em São Paulo. A diferença agora é que estamos falando de 11 shows em três estados diferentes. Isso deixa as coisas mais cansativas, além de mais caras. Porém, é muito mais divertido, pois vivo a experiência do show muitas vezes. O Coldplay é, junto com o U2, a banda que me permito fazer esse tipo de loucura. Essas duas bandas são as minhas favoritas", contou o fã.

De acordo com o fã, seu plano parece estar dando certo. "A intenção era chamar a atenção dele e da equipe. Depois era fazer com que ele e a equipe me reconhecesse. Isso foi feito. Agora ele já sabe que eu existo, sabe o que eu quero e sabe que estarei lá até o último show. Basta ele querer me atender agora. E pelo que vi e experimentei no show do dia 22, acredito que estou bem perto de conseguir, mas nada é uma certeza, então o jeito é manter o plano ativo e torcer para dar certo", explicou.

O show favorito de Felipe, até o momento, foi o da última quarta-feira (22). "Eu costumo dizer que o melhor show sempre será o próximo. Isso porque cada show é único, mesmo sendo o mesmo. Na verdade, não houve nenhum show igual até agora, todos eles tiveram alguma alteração no set list, então, a rigor, vi shows diferentes. E, claro, a cada show sou transformado e o Felipe do primeiro já não é o mesmo Felipe do segundo e assim por diante. Mas, se for pra cravar um, eu diria que foi o do dia 22 de março, em Curitiba (8º show). Falo isso porque foi o que eu mais me emocionei - chorei mesmo -, pois recebi muito carinho dos fãs que tinha acabado de conhecer, da equipe do Coldplay que já me reconhece e do próprio Chris Martin que interagiu muito comigo nessa oportunidade", explicou.

Quanto às dificuldades, Felipe conta sobre sua exaustão. "A dificuldade é apenas física. Estou exausto e meu corpo está sentindo muito. Meu joelho, por exemplo, dói demais, mas nada que um relaxante muscular não amenize", contou.

Com o intuito de chamar a atenção da banda nas redes sociais, o fã está realizando uma campanha com seus seguidores e amigos, comentando na foto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no instagram, visto que o próprio recebeu Chris Martin em uma visita e ganhou o violão. O fã pede para que as pessoas marquem o Coldplay e comentem "give to @felipeschadt a guitar", na tradução "dê ao @felipeschadt um violão", para gerar engajamento em sua causa.

Os próximos shows do Coldplay serão no Rio de Janeiro, no estádio Nilton Santos, nos dias 25, 26 e 28 de março.