Vivemos hoje no Brasil e em alguns outros países, no entanto, uma situação bastante difícil para eles em termos de formação educacional e técnica. Apesar do grande número de escolas e faculdades, a queda do nível do ensino público provocou uma grande ausência de senso crítico e muitos deles são bastante alienados e massificados, aceitando imposições e manipulações que às vezes são criadas por redes sociais, sem quaisquer fundamentos ou verdades.

Ao mesmo tempo, um processo muito forte de alienação e massificação se sobrepôs sobre a convivência humana, enfraquecendo a gradativamente a produção cultural e esvaziando preceitos, valores e princípios, o que propiciou um quadro muito desolador, com a ausência de formação crítica para muitos. E hoje, o consumismo desenfreado dita regras e os reais valores estão cada vez mais sendo substituídos por objetivos meramente mercantilistas. Enfim, a sociedade busca exclusivamente por interesses unilaterais e o capitalismo passou a gerenciar os atos e atitudes da grande maioria.

Nessas circunstâncias, os maiores prejudicados são os jovens, cujos anseios são frustrados por uma concorrência desleal e por apadrinhamentos políticos que prejudicam até a ingerência de cargos públicos que deveriam ser preenchidos quase que exclusivamente por concursos públicos. Surge assim a falta de esperança e de estímulo. Por outro lado, ainda assim, muitos deles fazem a diferença para a superação de crises e até mesmo para deixar a sociedade mais expressiva. Apresentando as marcas da rebeldia sadia e da vontade de fazer alguma coisa, colaboram para acabar com a intolerância do mundo.

Para a psicóloga Cleusa Sakamoto, "é uma fase do ciclo vital humano caracterizada por elevada vitalidade, associada a muitos planos pessoais e desejos". Aproveitemos a data que se avizinha para refletirmos sobre a juventude. Ela merece acolhimento, respeito e principalmente, formação e informação. Vamos colaborar para que esses atributos se transformem em realidade. Valorizemos nossos jovens que constituem um dos recursos humanos mais importantes para o desenvolvimento do país e podem ser atores sociais de mudanças positivas. Esperamos, por isso, que tenham as oportunidades um avanço completo nas áreas da Educação, Cultura, Esportes e Lazer, garantindo, assim, que se revelem em seres humanos preparados para construir um futuro melhor para todos.

Há outra comemoração. A 12 de agosto, por resolução da Assembleia Geral da ONU em 1999, em resposta à recomendação da Conferência Mundial de Ministros Responsáveis pela Juventude, reunida em Lisboa de 8 a 12 de agosto de 1998, também se comemora o Dia da Juventude, cujo objetivo é focar na educação e conscientização dos jovens sobre a responsabilidade que assumem como representantes do futuro do planeta.

JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor, professor universitário e ex-presidente das Academias Jundiaienses de Letras e de Letras Jurídicas (martinelliadv@hotmail.com)