FORAM COVARDES

JUNDIAÍ: Vigilante de 70 anos é agredido e amarrado pelo pescoço com arame durante roubo

'Eu implorei pela minha vida, mas mesmo assim eles me empurraram para o chão, ralando todo o meu rosto. Foram covardes', disse a vítima; um suspeito do crime foi preso pela PM

Por Fábio Estevam | 22/03/2023 | Tempo de leitura: 2 min
Polícia

JORNAL DE JUNDIAÍ

O suspeito foi detido e conduzido ao Plantão Policial, onde o delegado Carvalhaes o prendeu em flagrante e decretou sua prisão preventiva
O suspeito foi detido e conduzido ao Plantão Policial, onde o delegado Carvalhaes o prendeu em flagrante e decretou sua prisão preventiva

Um vigilante noturno de 70 anos foi violentamente agredido e torturado com ameaças de morte por dois bandidos, durante um roubo a uma obra no Jardim Pacaembu, em Jundiaí - onde ele trabalha -, na noite desta terça-feira (21). Além de baterem na vítima e esfregarem seu rosto no chão, os bandidos também o amarraram pelo pescoço e pernas, com arame. Poucos minutos após a fuga dos ladrões, levando canos de cobre, fios, uma peça de ar condicionado e um celular, o vigilante correu para a rua e pediu ajuda a policiais militares que faziam patrulhamento. Os PMs saíram à caça e detiveram um suspeito do crime. Conduzido ao Plantão Policial, ele foi preso em flagrante pelo delegado Rodrigo Carvalhaes, que também decretou sua prisão preventiva. A vítima, por sua vez, precisou ser levada ao hospital, onde passou por atendimento.

Era fim de tarde quando, de acordo com o vigilante, ele havia acabado de iniciar seu expediente, após os funcionários que trabalham na construção irem embora. Enquanto ainda guardava seus pertences, ele foi abordado de forma violenta pelos criminosos, que de pronto já o ameaçaram: 'vamos te matar, vamos te matar'. Com medo, o vigilante clamou. "Eu implorei pela minha vida, mas mesmo assim eles me empurraram para o chão, ralando todo o meu rosto. Foram covardes", lamentou.

Os bandidos então o amarraram pelas pernas e pescoço, utilizando arame, repetindo por diversas vezes que, se ele gritasse, seria morto. Depois de cortarem e recolherem diversos canos de cobre, fios e uma peça externa de um ar condicionado, além do celular pessoal dele, os ladrões fugiram e o deixaram amarrado. "Após algum tempo eu consegui me soltar e sai na rua para pedir ajuda, até que passou uma viatura. Contei para os PMs o que havia acontecido, o que havia sido levado e a direção em que os dois haviam fugido".

De posse das informações, os PMs saíram à caça e, próximo à cracolândia da Ponte São João/São Camilo, localizaram dois homens carregando os produtos roubados da obra. Quando perceberam que seriam abordados, um deles correu e conseguiu fugir. O outro foi detido e, aos PMs, confessou o crime.

No Plantão Policial, após passar por atendimento médico no hospital e, ainda em choque com a tortura psicológica a qual havia sido submetido, o vigilante reconheceu os produtos roubados. "Minha preocupação agora é com meu celular, que contem dados pessoais e fotos de família, e que não precisa de senha para ser acessado", lamentou.

Quanto ao homem detido pelos militares, o delegado o prendeu em flagrante e representou por sua preventiva. "A prisão preventiva se faz necessária para a garantia da ordem pública, eis que o indiciado possui extensa ficha criminal (inclusive por crimes envolvendo violência e grave ameaça). Por isso represento pela decretação da prisão preventiva do indiciado".

O caso será encaminhado ao 3º DP para ser investigado, inclusive para buscar identificar e prender o bandido que conseguiu fugir.

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