Opinião

Já conversou com o ChatGpt hoje?

15/02/2023 | Tempo de leitura: 3 min

Lançado em dezembro de 2022, o ChatGpt é uma ferramenta de Inteligência Artificial (IA), mais precisamente de processamento de linguagem natural, capaz de gerar respostas precisas e semelhantes ao humano. A ferramenta foi criada pela OpenAI, uma organização fundada por Elon Musk, Sam Altman e outros importantes líderes da indústria de tecnologia.

Os fundadores têm como objetivo tornar a tecnologia acessível a todos, a fim de promover o bem-estar humano e o avanço da sociedade. Em pouco mais de 2 meses a ferramenta atingiu o número de 100 milhões de usuários pelo mundo. Parece que esse crescimento foi o maior e mais rápido da história da tecnologia e que os objetivos da empresa já estão sendo alcançados, porque basta ter um computador conectado à internet para que qualquer um interaja com a ferramenta.

Uma das características mais impressionantes do ChatGpt é sua capacidade de continuar o contexto de uma conversa, tornando possível ter conversas mais longas e naturais. Embora a sensação seja de conversar com uma pessoa de verdade (e não respostas prontas como os bots no whatsapp), a OpenAI relata que a ferramenta não é capaz de entender verdadeiramente as emoções e intenções por trás da linguagem.

A ferramenta é uma evolução do Google, já que não há mais necessidade de buscar entre tantas respostas aquela mais coerente à sua pergunta. O ChatGpt traz a resposta pronta, basta saber fazer a pergunta e dar instruções coerentes com a resposta que você busca.

A ferramenta pode ter um impacto significativo em nossas vidas e é importante considerar cuidadosamente as implicações econômicas e sociais de seu uso crescente, bem como se preparar para possíveis mudanças no mercado de trabalho. São profissões que podem se ver ameaçadas em pouco tempo: professores, redatores, tradutores, profissionais do setor financeiro, engenheiros de softwares, desenvolvedores.

Nesta última segunda-feira fiz minha primeira interação mais profunda com o ChatGpt. E o resultado é que escrevemos juntos esse texto que você acabou de ler. Comecei perguntando se poderia chamá-lo de João. E ele disse que não, que não tinha identidade, mas que eu poderia me referir a ele como ChatGpt. Dei uma instrução simples e direta e, em menos de dois minutos, já havia um texto pronto.

Interagimos por uma hora, em que testei vários formatos de instruções e para todas ele respondeu sempre com eficácia: traduziu textos, inseriu informações sobre profissões ameaçadas, sobre a empresa OpenAI, sobre o que é arquitetura de transformadores, diminuiu o número de caracteres, falou sobre as diferenças entre a ferramenta e o google.

A cada nova instrução, o texto foi ficando mais parecido com aquilo que eu gostaria de escrever. Quando entendi que o texto estava bom, finalizei agradecendo.

Ele então me respondeu: "De nada! Fico feliz em ter sido útil. Se tiver mais alguma pergunta, sinta-se à vontade para me perguntar. Estou aqui para ajudar!"

Eu ainda estou sem palavras sobre o impacto que essa ferramenta vai trazer para o mundo. A única coisa que tenho certeza é que não passaremos incólumes. Preparem-se!

Elisa Carlos é engenheira, especialista em inovação e head de operação (elisaecp@gmail.com)

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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