
Prestes a completar um ano do assassinato de Lara Maria Oliveira Nascimento, de 12 anos, o principal suspeito continua foragido, apesar de o caso ter sido solucionado pela polícia, inclusive com pedido de prisão pelo Ministério Público. Com a demora angustiante e a falta de respostas sobre a motivação do crime, a família de Lara segue, diariamente, lutando por justiça enquanto convive com a dor da perda.
Lara Maria Oliveira Nascimento saiu de casa por volta das 12h do dia 16 de março de 2022 para comprar refrigerante em uma mercearia a cerca de 600 metros de sua casa, em Campo Limpo Paulista, e não foi mais vista. Três dias depois, o corpo da adolescente foi encontrado em uma área de mata com ferimentos na cabeça.
ANGÚSTIA
O Jornal de Jundiaí entrou em contato com a mãe da Lara, Luana Nascimento, que comentou sobre o andamento das investigações e criticou a demora na captura do criminoso. "É um sentimento inexplicável de muita dor, angústia e tristeza diariamente. A única certeza que tenho é que minha filha não vai voltar. Há 11 meses eu choro todos os dias pela morte da minha filha e por saber que o assassino ainda está à solta", lamenta a mãe.
Luana também comenta sobre boatos espalhados durante as investigações e a falta de humanidade com sua família. "Lembro que na época muitos boatos e notícias falsas eram espalhados sobre a morte da minha filha. As pessoas foram cruéis, me crucificaram e me trataram como culpada pelo desaparecimento da Lara. Tive que largar minha vida por conta das ameaças que estava sofrendo, me mudei para São Paulo e não parei um dia de implorar por justiça, há 11 meses eu vivo em função disso", revela a mãe.
INVESTIGAÇÃO
Após cinco meses de investigação, o inquérito foi concluído e relatado ao Ministério Público. A prisão preventiva foi decretada e o caso corre em segredo de justiça. Agora, a captura do autor do crime está a cargo do Departamento de Homicídios de São Paulo. O principal suspeito de matar Lara é Wellington Galindo de Queiroz, que tem extensa ficha criminal, incluindo tráfico de drogas, associação criminosa e dois estupros quando era menor de idade.
Responsável pelo caso na época, o delegado Rafael Diorio afirmou que o papel da polícia durante a investigação foi concluído e agora resta aguardar a captura do criminoso pelo setor específico.
Diorio também lamenta o vazamento de imagens e informações que atrapalharam o andamento das investigações. "Entendo a indignação da mãe em relação à demora e lamento os ocorridos durante as investigações. Fizemos nosso papel durante cinco meses de investigação e a captura é uma consequência. Tentamos levar o caso no sigilo total, mas infelizmente o vazamento de imagens, informações sobre o suspeito e desvios de foco atrapalharam o andamento. Agora, o caso está nas mãos do departamento específico e do Ministério Público", explica o delegado.
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Wilson Rogerio Moraes 13/02/2023Excelente trabalho do Delegado. Rafael Diorio Costa, não parou um minuto sequer até Esclarecer/Elucidar o caso, acompanhei e sei da sua labuta. Só falta agora o DOPE em SP (do Doutores: Nico Gonçalves, Fábio Caipira, Ivalda entre outros) ter o mesmo afinco, determinação e disposição que o Delegado Rafael teve, e cumprir o mandado de prisão em desfavor do vagabundo que cometeu essa crueldade. Parabéns doutor Rafael.