MONITORAMENTO

Jundiaiense faz parte de série sobre extremismo

Participando da série Extremistas.br, professor Henrique Parra atuou na identificação de ameaças

Por Nathália Sousa | 27/01/2023 | Tempo de leitura: 2 min

Divulgação

Henrique Parra Parra é diretor executivo do ICD e participou do documentário extremistas.br
Henrique Parra Parra é diretor executivo do ICD e participou do documentário extremistas.br

Professor e diretor executivo do Instituto Cidade Democrática (IDC), o jundiaiense Henrique Parra Parra ajudou a contra-atacar o discurso extremista, que fere a democracia, e as fake news utilizadas no processo eleitoral brasileiro do ano passado. Por conta disso, ele participou do documentário extremistas.br, produzido pelo Globoplay, que fala sobre "políticos, influenciadores e militantes arrependidos, para mostrar como a radicalização sequestrou o debate público no Brasil culminando nos atos antidemocráticos", de acordo com a definição na plataforma.

Henrique trabalha desde 2010 no IDC, que desenvolve tecnologias para a política e o processo democrático, como plataformas de consulta pública e orçamento participativo. Desde 2016, porém, a análise de dados passou a ser uma das áreas do IDC e a atuação em defesa da democracia ganhou evidência.

"Conforme foi avançando o governo Bolsonaro, ficou nítido para o mundo inteiro que era um governo autoritário, que ele não concordava da Constituição de 1988 e de algum modo queria a volta da ditadura. Trabalhamos em prol da democracia e conhecíamos parceiros que também tinham tecnologias, então montamos o projeto de monitoramento. Nós produzimos relatórios e entregamos as análises de graça a atores políticos que queríamos municiar. O objetivo foi compartilhar informação para ajudar os atores políticos que estavam na luta pela democracia", explica Parra sobre as análises quantitativas e qualitativas que vão de redes sociais a discursos.

COMBATE

Com este trabalho, a eleição de 2022 se tornou ponto central no debate sobre a defesa à democracia e demandou o trabalho de combate a informações falsas. "A gente, como outras organizações da sociedade civil, se organizou para este contra-ataque. Nós evitamos uma catástrofe, que seria a reeleição do Bolsonaro, mas foi por muito pouco. Existe a necessidade de investigação e novas leis para combater a estrutura, as causas. Se o Bolsonaro ganhasse, seria a segunda eleição influenciada por fake news, porque assim como teve a história da mamadeira em 2018, ano passado falaram que o PCC [Primeiro Comando da Capital] comemorou a ida do Lula ao segundo turno", comenta.

Para Henrique, como a desinformação é problema mundial, o Brasil deve seguir outros países que já fizeram leis contra isso. "Precisa acontecer agora, trazer para o Brasil o exemplo da União Europeia, que tem a legislação mais avançada sobre isso. O financiamento vai continuar acontecendo, por isso são necessárias leis e organização, para acabar com a estrutura", afirma.

1 COMENTÁRIOS

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  • Arthur
    27/01/2023
    Engraçado que o \"terrorismo\" passou a existir no ano de 2023 para turminha intelectual. O problema da esquerda não são as fake news mas dizer as verdades e para isso os olhos de todos eles se fecham.