Gentileza, instrumento da boa convivência

13/11/2022 | Tempo de leitura: 3 min

Comemora-se neste domingo, 13 de novembro, o Dia Internacional da Gentileza, idealizado em 1996 numa conferência em Tóquio pelo grupo Movimento das Pequenas Gentilezas do Japão, com representantes de diferentes nações que propagavam a amabilidade em seus territórios. Em 2000, foi oficializado o Movimento Mundial pela Gentileza, sendo que a Associação Brasileira da Qualidade de Vida representa o nosso país na entidade.

A data objetiva divulgar a alegria e os efeitos positivos de atos gentis por todos os cantos do planeta, destacando ainda a generosidade como instrumento da paz entre os homens. Com efeito, muitas pesquisas demonstram que pessoas afáveis são mais saudáveis e produtivas no trabalho, vivem por mais tempo, sendo permanentemente felizes. A vida é bem melhor com atos de cavalheirismo, urbanidade, civilidade, educação, delicadeza, cortesia e atenção com todos que nos cercam, indistintamente.

Infelizmente, o dinamismo provocado pelos reflexos materialistas leva os indivíduos a se fecharem em si mesmos, pois passam a viver em função de ganhos, posição social e poder, como se tais aspectos fossem fundamentais às suas realizações. Esquecem de circunstâncias humanistas e imprescindíveis à própria felicidade, como gestos e atitudes fraternas, relacionamentos afetivos, solidariedade com o próximo, respeito a todos os seres vivos em geral e tantas outras, sobrepostas por interesses exclusivamente pessoais e, ao mesmo tempo, eivados de puro egoísmo.

A convivência é extremamente harmoniosa quando embasada na gentileza que se revela numa genuína preocupação com o bem-estar dos outros ou na vontade de ajudá-los sem esperar retribuição. Um aspecto importante, inclusive, da verdadeira caridade. Nessa trilha, Mário Quintana costumava dizer: "O sorriso enriquece os recebedores sem empobrecer os doadores". Para Madre Teresa de Calcutá, "Palavras gentis podem ser curtas e fáceis de falar, mas seus ecos são verdadeiramente infinitos". Albert Schweistzer comparava: "Assim como o sol derrete o gelo, a gentileza evapora mal-entendidos, desconfianças e hostilidade".

E diante da atual crise de valores, devemos aproveitar a data comemorativa de hoje para meditarmos sobre o verdadeiro sentido que ela encerra, relevando sempre o relacionamento humano. Mesmo porque, quando formos capazes de pensar na satisfação de todos e não apenas nas vantagens pessoais, iremos superar a conjuntura moral do mundo e, em consequência, as dificuldades econômicas, sociais e tantas outras que afligem o homem atualmente.

Aniversário da Proclamação da República

Na próxima terça-feira, dia 15 de novembro, comemoraremos mais um aniversário da Proclamação da República no Brasil, que instituiu um sistema de governo integrado por representantes eleitos pelo povo, sobrepondo-se à monarquia, já que até 1889 todas as decisões giravam em torno do Imperador Dom Pedro II. A palavra "República" vem do latim "res publica" e significa "coisa pública", o que por si só já revela a importância desse sistema que permite ao povo (governados) uma efetiva participação no processo de formação da vontade pública (governo), revelado pelo exercício da democracia. Por isso, dispõe a Constituição: "todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente". Trata-se da mais importante estrutura que uma nação pode adotar, já que ela auto limita o poder do Estado ao cumprimento das leis que a todos subordinam, priorizando o preceito de "o poder das leis está acima das leis do Poder" (Ruy Barbosa) e o princípio da permanente supremacia da Carta Magna (Constituição), tida como Lei Maior, em torno da qual gravitam todas as demais normas legais

JOÃO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor e professor (martinelliadv@hotmail.com)

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