Etapa crucial da guerra da Rússia na Ucrânia

19/10/2022 | Tempo de leitura: 2 min

Nesta etapa da história das relações socioeconômicas internacionais, o mundo vive momentos de grande apreensão em relação ao que pode estar por vir, no confronto de guerra, entre  Rússia e a Ucrânia.

Com a queda de boa parte da ponte que liga a Península  da Crimeia à Rússia sem que se tenha, até o momento, o autor da ação, a Rússia perdeu o principal caminho, pelo qual passavam,  permanentemente, a alimentação; os combustíveis; equipamentos e militares para combater os ucranianos em seu território.

Apenas para uma  análise do momento atual, existe um provérbio milenar chinês que dizia que, "quando um país estiver ganhando uma guerra e, perto do seu fim, restar apenas 1.000 homens do país perdedor, confinados entre o mar e um grande precipício  e, do outro, o país ganhador, com 5.000 guerreiros, é sábio que o vencedor, até aquele momento, dê a oportunidade de que fujam, porque, senão, estando eles entre a vida e a morte, pode acontecer  que os 1.000 guerreiros vençam os 5.000, de forma intempestiva".

Na Rússia, Vladimir Putin vive um difícil momento junto ao stablishment militar do País e, também junto à sociedade civil, que perdeu, uma estimativa, mais de 150.000 entes queridos, numa guerra que não é do russos e, sim , de Putin, o qual enfrentará uma eleição em novembro próximo.

O paralelo com o provérbio chinês é que Putin acuado, como vem sofrendo baixas na Ucrânia  e perdendo posições  nas quatro  regiões  anexadas, por decreto unilateral, pode, diante dos fortes reveses e do elevado custo socioeconômico da guerra, utilizar de armas atômicas e deflagrar a terceira guerra mundial.

Quando o presidente norte-americano, Joe Biden, afirmou da possibilidade de vir um "Armageddon" (confronto entre as forças do bem contra o mal), se referiu exatamente na possibilidade acima.

Na Rússia, não somente o comando militar, mas, também a população, são contra o uso de armas nucleares.

A triste realidade é que, direta e indiretamente, o mundo como um todo vem sofrendo com os horrores dessa guerra, convivendo com os efeitos do aumento dos custos da energia, do petróleo e alimentos. Para combater a inflação, os países da União Europeia, Reino Unido e Estados Unidos, praticam a elevação dos juros, que pode levá-los à uma recessão econômica que, além de se espalhar para inúmeros países, seguramente  afetaria os negócios por toda a economia mundial.

Messias Mercadante de Castro é professor de economia no Unianchieta, Membro do Conselho de Administração da DAE S/A e Consultor de Empresa.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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