
As importações acumulam três meses acima de US$ 1 bilhão no Vale do Paraíba e impactaram o valor do superávit da balança comercial, que foi menor em relação ao ano passado, segundo dados do Ministério da Economia.
Nos últimos três meses, as empresas do Vale importaram US$ 3,54 bilhões contra US$ 3,18 bilhões em exportações, o que gera um déficit de US$ 364,5 milhões na balança comercial.
No ano, de janeiro a setembro, as exportações bateram em US$ 9,32 bilhões e as importações em US$ 7,75 bilhões, com superávit de US$ 1,57 bilhão, queda de 28% frente ao superávit do ano passado, no mesmo período – US$ 2,19 bilhões.
As exportações cresceram 31% comparado a 2021 e as importações aumentaram 57,85%, causando a queda no superávit da região, que recuou 82% apenas em setembro.
O crescimento das importações pode sinalizar tanto um aumento da produção industrial quanto uma maior dependência de produtos e equipamentos no exterior, o que apontaria para uma tendência ainda mais preocupante de desindustrialização, que impacta a região.
CIDADES
Entre as 10 cidades mais exportadoras da RMVale, apenas São José dos Campos reduziu a exportação em 2022 comparado a 2021, considerando o período de janeiro a setembro. O município exportou US$ 1,62 bilhão neste ano contra US$ 1,63 bilhão no ano passado, queda de 0,60%.
As demais cidades aumentaram as exportações: Ilhabela (41,6%), São Sebastião (21,6%), Taubaté (1,9%), Jacareí (17,7%), Pindamonhangaba (138%), Guaratinguetá (9%), Caçapava (9%), Cruzeiro (44,5%) e Lorena (85%).
Por causa do petróleo, Ilhabela tornou-se a cidade mais exportadora da região, acumulando US$ 3,38 bilhões neste ano. São Sebastião se aproxima de São José e tem US$ 1,61 bilhão neste ano.
Pindamonhangaba chegou a US$ 1,34 bilhão e superou Taubaté (US$ 385,5 milhões) e Jacareí (US% 462,7 milhões).