SAÚDE INFANTIL

Como ajudar as crianças de hoje a ter saúde mental e física

Por Redação | Jornal de Jundiaí
| Tempo de leitura: 2 min
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Lica Teixeira
Lica Teixeira

Hoje, com o advento das mídias, da facilidade de acesso a elas e da necessidade de estarmos sempre conectados é imprescindível que os pais fiquem muito atentos aos conteúdos bem como à quantidade de horas que seus filhos ficam conectados em jogos ou plataformas de streaming.

Estamos acompanhando uma mudança significativa no comportamento das crianças na última década e isso é decorrente do acesso as tecnologias. As crianças que, naturalmente buscavam outras crianças para brincarem e interagirem, hoje em dia preferem a companhia “virtual”. “Neste formato os conflitos, desafios e erros são facilmente deletados. Já na vida real as negociações, a flexibilização e eventualmente as concessões são a tônica da relação humana”, explica Lica.

Segundo a psicóloga, principalmente após o período de pandemia, quando as famílias precisaram lançar mão das tecnologias para “distrair” as crianças ou mesmo conectá-las com a escola percebe-se uma dependência das crianças no uso de tabletes e/ou celulares em detrimento do convívio social e das interações.

Sabemos da importância das interações sociais para o desenvolvimento da linguagem, para a formação da personalidade e para a habilidade de lidar com frustrações. Hoje a maior procura por atendimento psicológico para crianças aborda a dificuldade de adaptação na volta às aulas presencias.

Na tentativa de oferecer uma orientação preventiva, seguem algumas dicas para você que tem filhos pequenos ou até mesmo adolescentes:

1- Estipule um tempo máximo de uso de eletrônicos por dia. O recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria é de 2hs/dia.

2- Se possível dívida este tempo em alguns períodos menores e distribua-os ao longo do dia. 15 minutos pela manhã 15 minutos após o almoço e 15 minutos no final da tarde.

3- Reserve um tempinho pra estar junto com seu filho e observar o que ele está assistindo/ jogando e com quem

4- Proporcione situações de interação entre seu filho e os amigos. Idas a parques, noitadas de cinema com pipoca.

5- Se possível inclua na rotina semanal um momento de jogos em família.

Tabuleiro, concurso de piadas ou de adivinhas, jogo dos sete erros, mímicas, forca e, de repente, você e sua família estarão passando algum tempo de qualidade juntos.

Lembre-se de avaliar/observar como estão os comportamentos dos adultos de referência para as crianças, afinal vale mais um bom exemplo do que mil palavras:

1- Quanto tempo vocês têm ficado conectado com os eletrônicos, mídias;

2- Como vocês têm cuidado das relações familiares/ amizades;

3- Vocês adotam algum ritual pra cuidar da saúde física e/ou mental?

“Se mesmo com todas estas ações você perceber que seu filho está apresentado alterações de comportamento, está irritado, prefere ficar isolado não hesite em procurar uma avaliação de um profissional”, finaliza Lica.

Lica Teixeira é psicóloga da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ)

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