Comece caminhando

10/09/2022 | Tempo de leitura: 3 min
Liciana Rossi

Sabemos que o comportamento sedentário esteja associado à diminuição da saúde geral, um grande fator de risco para muitas condições, como diabetes, demência, câncer, depressão, dor crônica e doenças cardiovasculares. Há um risco moderado na dor lombar e crônica, tanto em adultos, como em crianças e adolescentes, além de influenciar negativamente na saúde mental e emocional das pessoas.

Quando nos exercitamos há uma estimulação de todo e sistema nervoso, do nosso cérebro que, por meio de mensagens bioquímicas, se comunicam com todas as células do corpo, colocando o sistema muscular para trabalhar, gerando calor e controlando a temperatura interna. Os batimentos cardíacos aceleram para ajudar na distribuição do sangue, o ritmo respiratório também aumenta, os pulmões chegam a trabalhar 15 vezes mais do que em repouso e o sistema digestivo diminui sua atividade para garantir que toda a energia supra a musculatura que trabalha fortemente durante o exercício.

Estar bem condicionado fisicamente, ter assiduidade e disciplina, permite que todo esforço corporal seja feito de maneira mais tranquila, pois a cada treino o corpo aprende como economizar energia no mesmo esforço que antes, já que a economia de energia é um dos princípios básicos de sobrevivência do corpo humano. Sabemos que nosso cérebro encara o exercício como um estresse, e através das adaptações do organismo a este 'estresse' sofrido, por repetidas vezes (o treinamento), é que nosso organismo consegue melhorar sua saúde e sua resistência física e mental, de acordo com a demanda aplicada no treinamento.

Alguns dos benefícios, já bem conhecidos da atividade física, são a melhora de humor, diminuição do estresse, aumento da capacidade cardiopulmonar, aumento da memória e facilitação da aprendizagem, melhora da circulação e vascularização, controle da pressão arterial, fortalecimento dos sistemas muscular, ósseo, articular, diminuição da gordura corporal e aumento da massa magra, o que favorece saúde e diminuição das dores em geral.

A Organização Mundial da Saúde, em 2020, recomendou para os adultos, já que o sedentarismo aumenta a mortalidade por todas as causas, principalmente por doenças cardiovasculares, assim como a mortalidade por câncer, que diminuíssem o tempo de inatividade e substituíssem esse tempo com alguma prática física, seja qual for a intensidade, incluindo a leve, pois estudos recentes mostraram muitos benefícios à saúde e dor crônica. A indicação oficial da OMS é de que a prática de exercícios aeróbicos seja de intensidade moderada,por um mínimo de 150 a 300 minutos semanalmente, ou 75 a 150 minutos de intensidade vigorosa, semanalmente, ou mesmo uma combinação entre essas intensidades, ao longo da semana, para ganhos na saúde integral.

Infelizmente, a grande maioria da população mundial não obedece a esses critérios. Além disso, a OMS também indica os exercícios de fortalecimento, treino de força mesmo como a musculação ou treinamento funcional, de intensidade moderada, por no mínimo duas vezes por semana, além dos dias de treinamento aeróbico, para melhora das condições de saúde.

Se você não sabe como começar, tenho uma grande dica: comece caminhando, o importante é se movimentar. Muita saúde a todos.

LICIANA ROSSI é pós-graduada em Treinamento Desportivo (Unicamp), Exercícios Corretivos (Academia Nacional de Medicina Esportiva dos USA), CHEK Practitioner2, HolisticLifestyle Coach2, CHEK Institute/USA, L.P.F. Specialist e graduanda SomaTraining/ELDOA-USA.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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