Dois postos de combustíveis de Franca estão entre os alvos da Operação Carbono Oculto, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao PCC (Primeiro Comando da Capital). A informação foi com base em dados da Polícia Federal e da ANP (Agência Nacional do Petróleo).
Ao todo, 15 pessoas são investigadas pela Justiça de São Paulo, suspeitas de lavar dinheiro da facção por meio de uma rede de postos de combustíveis.
Em Franca, são citados dois estabelecimentos: o Auto Posto Barão, na avenida Dr. Hélio Palermo, da bandeira Rodoil, que está em funcionamento, e o Auto Posto Melvin Jones Ltda., na avenida Miguel Sábio de Mello, no Jardim Santana, de bandeira branca, atualmente fechado.
Segundo o levantamento divulgado pelo G1, os investigados são sócios de 251 postos distribuídos em quatro estados do país, a maioria em São Paulo. Os postos de Franca são de Pedro Furtado, com sociedade da empresa GGX Global, ambos alvos da investigação. Furtado tem participação em 56 dos 251 postos investigados e está foragido.
A GGX Global, conforme a Justiça de São Paulo, é ligada ao grupo de Mohamad Hussein Mourad, apontado como principal responsável por comandar o esquema de lavagem de dinheiro do PCC. Mourad está foragido.
O Ministério Público de São Paulo informou que não pode confirmar se os postos de Franca estão sob investigação, alegando sigilo judicial. Já a Receita Federal afirmou que mais de mil estabelecimentos chegaram a ser utilizados pelo esquema criminoso, mas não divulgou a lista completa.
Posição da distribuidora
A Rodoil, bandeira do posto da avenida Hélio Palermo, em Franca, informou que rescindiu contratos com unidades sob suspeita. Já o posto com bandeira branca, na região Sul da cidade, está fechado há mais de um ano.
A Operação Carbono Oculto, deflagrada em setembro, cumpriu mandados de busca e apreensão em São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. A investigação segue sob sigilo.
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