CASO RARO

Síndrome de pica faz homem engolir caneta e material médico no PR

Por | da Redação
| Tempo de leitura: 1 min
Reprodução/Domínio público/Wikipedia
1.440 itens encontrados no estômago de um paciente com transtorno de pica. Foto tirada no Museu Psiquiátrico Glore (EUA)/Imagem ilustrativa
1.440 itens encontrados no estômago de um paciente com transtorno de pica. Foto tirada no Museu Psiquiátrico Glore (EUA)/Imagem ilustrativa

Um homem de 33 anos, internado em Curitiba (PR), chegpu ao hospital após engolir uma caneta esferográfica. O susto aumentou quando os exames mostraram que, além da caneta, também foram encontrados cateteres e até um oxímetro dentro do organismo. A informação é do portal Banda B.

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Parte dos itens foi retirada por endoscopia, mas outros só foram removidos em cirurgia. Depois da operação, o paciente continuou agitado e tentou engolir novos objetos, o que exigiu monitoramento constante dos profissionais.

O distúrbio por trás do caso

De acordo com especialistas, situações como essa estão ligadas ao Transtorno de Pica (ou picacismo), uma condição psiquiátrica na qual a pessoa sente necessidade de ingerir materiais sem valor nutricional, como plástico, terra, cabelo ou metais. O problema pode surgir por deficiência de nutrientes, como ferro e zinco, ou estar associado a quadros de ansiedade, depressão e outros transtornos mentais.

Embora pouco comum em adultos, o picacismo é reconhecido internacionalmente e está descrito no manual DSM-5, que reúne os critérios de diagnósticos psiquiátricos.

Riscos sérios à saúde

A ingestão de objetos estranhos pode provocar perfurações, obstruções no intestino, intoxicações químicas e até risco de morte. Há casos em que os pacientes  precisam de cirurgias de emergência para evitar complicações graves.

Tratamento multidisciplinar

O acompanhamento costuma envolver uma equipe formada por médicos, nutricionistas e psiquiatras. Além de tratar os danos imediatos causados pelos objetos ingeridos, é necessário identificar a causa da compulsão e corrigi-la, seja por meio de reposição nutricional, terapia ou uso de medicamentos.

Casos como o de Curitiba não são isolados. Já houve registros em diversos países de pessoas que engoliram pedras, moedas, pilhas e até lâmpadas.  
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