A Vigilância Ambiental de Franca intensificou, nesta semana, uma campanha de conscientização para a prevenção de acidentes com escorpiões. A mobilização, que integra a Semana Estadual de Prevenção e Controle da Leishmaniose e do Escorpionismo, ocorre em um momento de alerta, com 611 atendimentos por picadas registrados na cidade até agosto de 2025.
A ação busca educar a população através da distribuição de panfletos informativos em creches, fixação de cartazes em UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e orientações diretas durante visitas domiciliares dos agentes de saúde.
O principal erro a ser evitado é confundir as doenças: a picada do escorpião causa o escorpionismo (intoxicação pelo veneno), que pode ser grave e até fatal, especialmente em crianças e idosos. A leishmaniose, por sua vez, é transmitida pela picada do mosquito-palha.
Período de alerta e números preocupantes
O aumento da temperatura e da umidade, característicos desta época do ano, favorece a proliferação e a atividade dos escorpiões, que buscam abrigo dentro das residências. O escorpião-amarelo (Tityus serrulatus), espécie mais comum na região Sudeste, é o principal causador de acidentes graves.
Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, a preocupação é constante. Em todo o ano de 2024, foram registrados 861 atendimentos referentes a picadas de escorpiões em Franca. O número de 611 casos em 2025 (até o momento) reforça a necessidade de medidas preventivas por parte de toda a população.
Como prevenir acidentes?
- A Vigilância Ambiental reforça que cuidados simples no dia a dia são a forma mais eficaz de evitar encontros perigosos com o animal;
- Limpeza é fundamental: mantenha quintais, jardins e terrenos baldios sempre limpos, evitando o acúmulo de entulho, lixo, folhas secas, materiais de construção e madeiras;
- Controle de pragas: elimine as baratas, que são o principal alimento dos escorpiões. Onde há barata, pode haver escorpião;
- Veja as entradas: tape frestas e vãos em paredes, muros e assoalhos. Proteja os ralos de pias, banheiros e áreas externas com telas ou sistemas de abre e fecha;
- Atenção redobrada: sacuda roupas, toalhas e calçados antes de usá-los, especialmente aqueles que ficaram no chão;
- Use proteção: ao manusear materiais de construção ou realizar a limpeza de jardins e áreas externas, sempre utilize luvas de couro e calçados fechados.
O que fazer em caso de picada?
- Lave o local da picada com água e sabão;
- Procure imediatamente atendimento médico em uma unidade de saúde de referência. Em Franca, dirija-se às UPAs (Anichino, Aeroporto e Paulistano) ou ao Pronto-socorro Municipal "Dr. Álvaro Azzuz", que são os locais com soro antiescorpiônico;
- Se possível e seguro, capture o animal (vivo ou morto) e leve-o em um pote fechado para identificação. Isso ajuda a equipe médica a definir o tratamento;
- Não aplique gelo, álcool, pomadas, ervas, remédios caseiros ou qualquer outra substância no local da picada. Não faça torniquetes ou cortes, pois essas práticas podem piorar o quadro e aumentar o risco de necrose.
Fique atento aos sintomas
Os sintomas variam de acordo com a idade da vítima e a quantidade de veneno injetado.
Sintomas locais: dor intensa e imediata, vermelhidão, inchaço leve e sensação de formigamento no local.
Sintomas sistêmicos (graves): náuseas, vômitos, suor excessivo, agitação, salivação intensa, alterações nos batimentos cardíacos e na respiração. Estes sinais indicam um quadro mais grave e exigem socorro médico urgente.
Denúncias de locais com infestação, a população pode entrar em contato com a Vigilância Ambiental pelos telefones (16) 3711-9408 e (16) 3711-9415.
Fale com o GCN/Sampi!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.