Os torcedores que praticaram atos racistas durante a partida entre Sesi Franca Basquete e Corinthians estão proibidos de entrar no ginásio "Pedro Morilla Fuentes", o Pedrocão. A decisão foi anunciada pelo clube nesta quinta-feira, 28, em comunicado oficial nas redes sociais, após a identificação e notificação dos envolvidos.
O episódio aconteceu no domingo, 24, durante a partida válida pelo Campeonato Paulista, quando os atletas corinthianos Lucas Cardoso, de 19 anos, e Kauan Raymundo, de 20 anos, relataram ter sido vítimas de ofensas racistas vindas da arquibancada.
Em nota, o Sesi Franca afirmou que repudia veementemente o ocorrido e garantiu que prestou total apoio à equipe visitante, inclusive orientando o registro de boletim de ocorrência.
“O racismo é inadmissível e incompatível com os valores do clube, que historicamente se orgulha de promover a inclusão, a diversidade e o respeito mútuo”, destacou o time.
A diretoria acrescentou que seguirá adotando medidas para evitar novos casos e para reparar os danos. O episódio também foi condenado pelo Sport Club Corinthians Paulista e pela torcida organizada Capital do Basquete, de Franca.
Histórico
Essa não é a primeira vez que o clube se envolveu em casos de racismo. Em março de 2024, a mãe de um jovem atleta do time da base do Palmeiras, de São Paulo, denunciou ofensas racistas durante um jogo das equipes sub-15 entre Sesi Franca e Palmeiras, realizado no clube do Sesi, em Franca, pelo Campeonato Paulista.
Na ocasião, a mãe do jovem que estava torcendo para a equipe paulistana alegou que foi xingada quando uma das torcedoras fez um gesto segurando o cabelo e dizendo: "segura a peruca, macaca". Na oportunidade, o Sesi Franca também se manifestou em nota lamentando o episódio.
Time punido
Os torcedores do Sesi Franca têm se envoldido em outros históricos de insultos feitos a adversários. No início deste mês, o time foi multado em R$ 22 mil pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) devido a ofensas e ameaças feitas por fãs ao jogador Alexey Borges, do Flamengo, além de árbitros durante partidas do NBB 2024/2025, em Franca.
A punição incluiu R$ 10 mil por ameaças à arbitragem após o jogo contra o Pinheiros, em 13 de maio, válido pelas quartas de final, e outros R$ 12 mil por ofensas a Alexey na primeira partida da semifinal contra o Flamengo, disputada em 24 de maio.
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