BLOQUEIO BILIONÁRIO

Empresário de Franca é preso em operação que mira R$ 6 bi do CV

Por Laís Bachur | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação/DIG
Equipe da Polícia Civil, durante a operação em Franca
Equipe da Polícia Civil, durante a operação em Franca

Uma investigação histórica sobre lavagem de dinheiro revelou a movimentação de R$ 6 bilhões, em uma estrutura que alimenta o tráfico de drogas no Rio de Janeiro e em São Paulo, tendo relações com as maiores facções do país - CV (Comando Vermelho) e PCC (Primeiro Comando da Capital). Em uma operação deflagrada na manhã desta quinta-feira, 10, foram cumpridos 46 mandados de busca e apreensão em todo o País, incluindo Franca, onde um empresário de 40 anos foi preso.

A prisão aconteceu no bairro São Joaquim, zona oeste de Franca. O homem estava foragido da Justiça, acusado de organização criminosa. Na cidade, ele chegou a ser dono de um lava-jato e de uma fábrica de calçados. De acordo com a Polícia Civil, o acusado possui uma extensa ficha criminal. O acusado foi levado pelos policiais civis para a CPJ (Central de Polícia Judiciária), onde seria ouvido.

Durante a operação em Frana, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão, além da prisão do empresário. Os policiais também apreenderam aparelhos eletrônicos, um celular e computadores.

Operação Contenção

Em uma ofensiva sem precedentes, a Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou nesta quinta-feira, 10, a maior operação já registrada contra o braço financeiro da facção criminosa Comando Vermelho. Batizada de Operação Contenção, a ação mirou diretamente o núcleo responsável por movimentar aproximadamente R$ 6 bilhões em apenas um ano. O valor é recorde e representa o maior pedido de bloqueio patrimonial da história da corporação.

Com 46 mandados de busca e apreensão cumpridos simultaneamente em diversos bairros da capital fluminense e em municípios do Estado de São Paulo, a operação tem como objetivo asfixiar financeiramente o crime organizado, interrompendo o fluxo de capital que abastece o tráfico de drogas, a compra de armamentos e a expansão territorial da facção na Zona Oeste do Rio.

A investigação, conduzida pela DRF (Delegacia de Roubos e Furtos) com apoio de unidades especializadas como a Core, o DGPE, o DGCOR-LD e a Polícia Civil de São Paulo, identificou uma sofisticada rede de lavagem de dinheiro operada com o uso de bancos digitais, fintechs, empresas de fachada, plataformas contábeis ilegais e intermediadoras de pagamento clandestinas, todas atuando à margem da regulamentação do Banco Central.

Segundo os investigadores, o esquema conta com ramificações no Estado de São Paulo e mantém aliança direta com o PCC, revelando um consórcio do crime organizado entre as duas maiores facções do país. A aliança fortaleceu o poder financeiro e logístico do Comando Vermelho, permitindo uma atuação mais estruturada e nacionalizada no tráfico de drogas.

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Comentários

2 Comentários

  • Juarez 11/04/2025
    Franca atraindo investimentos, conforme deseja o prefeito e o governador
  • Cláudio Matheus. 11/04/2025
    Qual o motivo de omitirem o nome do \"empresário\" ?
    • Redação Sampi 12/04/2025
      Nota da Redação: muitas vezes porque não é informado e ninguém confirma. Mas neste caso, está postado. Se ler, vai encontrar.