CAOS COMPLETO

'Mais de 15 brigas': violência toma conta de escola em Franca

Por Giovanna Attili | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução/WhatsApp
Registros de brigas que ocorreram na EE 'Celso Toledo'
Registros de brigas que ocorreram na EE 'Celso Toledo'

Duas brigas foram registradas apenas nesta última semana na Escola Estadual "Celso Toledo", localizada no Jardim Guanabara, em Franca. Uma confusão aconteceu do lado de fora e outra ainda dentro dos limites da instituição. Segundo alunos da escola, pelo menos 15 brigas já aconteceram na unidade ou suas proximidades desde o começo do ano.

Um estudante, que preferiu não se identificar, conta que desde o começo do ano, o local passou a ter muitas brigas, chegando a um nível que gera preocupação em relação à própria segurança.

“Desde o começo do ano, a escola começou a ter muita briga. Já vinham acontecendo diversas brigas, praticamente toda semana... Do começo do ano para cá, são facilmente mais de 15. [...] A tendência, pelo que estamos vendo, é cada vez mais aumentar”, disse.

O relato ainda conta que, nessa terça-feira, 8, mais uma briga generalizada deveria ter acontecido, porém, o pai do aluno envolvido teria ido buscá-lo, impedindo mais um episódio de violência no local.

Segundo o depoimento, a preocupação dos alunos e também dos pais é a postura da direção em relação aos casos. “Ontem (7) e hoje (8) que ela veio estar presente nos recreios e na saída, mas só fez isso porque a notícia saiu na mídia.”, explicou.

Medidas tomadas

A Secretaria de Educação do Estado emitiu uma nota sobre o caso, repudiando "todo ato de violência, dentro ou fora da escola" Informou que, nas duas últimas brigas na EE "Celso Toledo", a unidade escolar acionou os responsáveis pelos estudantes para uma reunião de mediação. "Em ambas as situações os agressores acompanharam as atividades de forma remota por dois dias letivos", completou.

A nota diz, ainda, que foram registrados boletins de ocorrência e os casos são acompanhados pelo Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva).

"Nesta semana também foram realizadas reuniões com servidores e membros da comunidade escolar para traçar estratégias de observação para intervenção prévia de possíveis conflitos. Com o Grêmio Estudantil, a escola realizou uma ação para participação ativa dos estudantes na construção de ideias que estimulem o respeito mútuo e a convivência harmoniosa no ambiente escolar", afirmou.

"A Diretoria de Ensino de Franca e a direção da escola permanecem à disposição para mais esclarecimentos”, concluiu.

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Comentários

6 Comentários

  • Abner Henrique Martins 14/04/2025
    Pois bem, acham que escola cívico-militar nao funcionaria para melhorar a disciplina em escolas e no convívio social. Comentário abaixo diz que foram implantadas em escolas com poucos alunos e que o profissional seria descredibilizado por ser aposentado. Não acredito. Muito se fala em ter ou nao ter estas escolas. Deixem que tenham e vejam os resultados, se não der certo, é facil voltar ao que era antes. Agora, se funcionar, muitos críticos terão de buscar outros argumentos, não sabem nem mesmo os critérios utilizados para as escolhas das escolas.
  • Darsio 13/04/2025
    Outro absurdo cometido pela secretaria de educação do estado de São Paulo é, o de fechar salas de aula e superlotar outras e, ainda reduzir drasticamente as escolas com noturno, forçando jovens a estudarem longe de suas casas e em muitos casos trazendo para o interior das salas de aula, as rixas entre gangues e grupos de bairros. Ao mesmo tempo, fantasia as escolas de tempo integral como se fossem perfeitas, impedindo com que alunos com problemas comportamentais e de aprendizagem possam ser mantidos nelas e, portanto, são despejados nas escolas de ensino regular. Oras! as escolas de tempo integral deveriam priorizar as crianças e jovens de maior vulnerabilidade e, não o oposto. Outro aspecto que se discute é como a maioria das escolas municipais e estaduais de 1º ao 5º anos do ensino fundamental podem ter sido premiadas por resultados, se entregam para as escolas de anos finais, muitos alunos que se quer estão alfabetizados e muito menos conhecem as quatro operações da matemática. Nas escolas de anos finais, professores estão superlotados com salas de aulas e, não há como direcionar uma atuação mais individualizada a esses alunos que, vão sendo aprovados sem qualquer aprendizagem e, aí está uma das causas da violência. Nos faltam políticas de Estado, pois a única coisa que se observa na educação, são políticas de governo, antenadas unicamente em interesses eleitoreiros.
  • Darsio 13/04/2025
    Implantam o modelo cívico-militar em escolas que, possuem pouquíssimos alunos e, que não convivem com essas constantes brigas e, depois dizem que o projeto é uma maravilha. Além do mais, muitas dessas brigas ocorrem nos arredores das escolas. Oras! Colocar um aposentado da polícia militar, com salários muito maiores que os pagos aos professores e sem qualquer formação pedagógica ou em áreas afins da educação, não agregará nada em termos de aprendizagem e, até mesmo de convivência. Afinal, o problema passa por um modelo de educação que, não admite que alunos e famílias assumam qualquer nível de responsabilidade pela escolaridade, numa clara afronta a constituição quando se fala de formação cidadã. A progressão continuada se transformou numa promoção automática e, o que temos hoje é um bando de adolescentes que não assumem qualquer compromisso pelos estudos e que sob os aplausos de seus pais, se educam pelas redes sociais, aquelas mesmas que disseminam na sociedade todas as formas de violência e de intolerância e, tudo isso em nome da tal liberdade de expressão. Jovens entregues a liberdade de ofender, caluniar, de praticar o ódio e o racismo, xenofobia, de traficar, de promover estupro de vulneráveis e de praticar pornografia com crianças etc. Essa tem sido a escola de muito jovens e sob total apoio de suas famílias e, ainda há os ingênuos que acreditam que a violência vem do nada?
  • LUISA 12/04/2025
    EU SE FOSSE DIRETORA DE UMA ESCOLA E QUANDO TIVESSE BRIGAS, NEM DA MINHA SALA EU SAIRIA, JA LIGAVA DIRETAMENTE PRA POLICIA E DEIXAVA POR CONTA DELES, O QUE EU FARIA ERA PEDIR A POLICIA PRA FAZER UM BOLETIM DE OCORRENCIA E EXPULSAR ESSES BRIGÕES DA MINHA ESCOLA, HOJE AS BRIGAS NAS ESCOLAS ENVOLVEM MOLEQUES DE 15 A 18 ANOS QUE JA SÃO GRANDES PRA BATEREM EM QUALQUER PESSOA, A EDUCAÇÃO VEM DE CASA E A ESCOLA TEM OBRIGAÇÃO DE ENSNAR E NÃO SEPARAR BRIGAS,
  • Darsio 11/04/2025
    Brigas constantes, professores muito mal pagos e assediados, alunos mergulhados em aplicativos e sem qualquer aprendizagem. Os mais de 60% que aprovam o Tarcísio poderiam nos dizer o que acontece com a educação ofertada pelo governador?
  • Freitas 11/04/2025
    E ainda tem gente contra as escolas cívico militares...