A Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) prendeu em flagrante um homem de 34 anos por tráfico de drogas na tarde desta terça-feira, 8, no Jardim Piratininga, em Franca. Os policiais encontraram mais de 200 pés de maconha, 137 brotos da planta, óleo de cannabis e mais de 16 quilos da droga já prontos para o consumo.

A investigação teve início após denúncia anônima que apontava a existência de pés de maconha crescendo nos corredores do imóvel. Após diligências e confirmação preliminar das informações, o setor de inteligência da Polícia Civil solicitou e obteve mandado de busca e apreensão.

Durante o cumprimento do mandado, foram apreendidos:

• Mais de 200 vasos com pés de maconha em desenvolvimento;
• 137 brotos cultivados em sistema de hidroponia;
• 81 frascos de óleo extraído da planta (canabidiol – CBD);
• 10 kg de maconha do tipo "Gorilla Banana Gorilla Ghost Krumble Juice";
• 6 kg da variedade "Kong Krush Rainbow (Zkittlez)";
• 12 saquinhos de maconha prensada e dois sacos com folhas, pesando 1 kg;
• Equipamentos como balanças de precisão, prensa, trimadeira, dichavadores e material para embalagem;
• Anotações sobre a produção e amostras de produtos de uma segunda empresa do investigado, voltada ao consumo de cigarros artesanais.

Além do material encontrado, chamou a atenção a estrutura montada no local, que indicava não só o cultivo para uso pessoal, mas também um projeto voltado à produção e distribuição de entorpecentes, disfarçado como uma futura associação canábica.

O investigado, que alegou possuir habeas corpus para justificar o cultivo, não conseguiu sustentar a legalidade diante da dimensão da produção. De acordo com a decisão judicial analisada pelos agentes, a quantidade cultivada era superior à permitida, revelando desvio completo do propósito autorizado.

Durante o interrogatório, acompanhado por advogados, o homem afirmou que a droga era para consumo próprio, mas informalmente declarou pretender iniciar uma associação, fornecer os primeiros produtos e, só então, formalizar a solicitação à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A suposta “estratégia jurídica” foi considerada um artifício para burlar a lei e esconder uma atividade criminosa já em andamento.