PROTESTOS

Servidores protestam e xingam o prefeito; gestão mantém silêncio

Por Leonardo de Oliveira | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Sampi/Franca
Leonardo de Oliveira/GCN
Servidores formam corrente humana em volta da Prefeitura de Franca
Servidores formam corrente humana em volta da Prefeitura de Franca

A Prefeitura de Franca manteve-se em silêncio diante da greve dos servidores municipais, iniciada nesta segunda-feira, 7. Apesar da mobilização em frente ao Paço Municipal, e dos reiterados apelos por diálogo feitos pelo Sindserv (Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos Municipais de Franca e Região), a administração não se pronunciou oficialmente sobre a paralisação.

Durante o protesto, o presidente do sindicato, Fernando Nascimento, reforçou a disposição da categoria em negociar, sinalizando com a aceitação de um possível parcelamento das reivindicações salariais. Sem retorno da prefeitura, os servidores realizaram um ato simbólico, cercando o prédio, e seguiram em marcha até a sede do sindicato.

Paralelamente, uma liminar do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) determinou que 70% dos serviços essenciais sejam mantidos. O sindicato, por sua vez, suspendeu temporariamente a greve até a audiência marcada para esta quinta-feira, 10, às 15h30, em Campinas (SP).

O prefeito Alexandre Ferreira (MDB) foi o principal alvo das críticas. Manifestantes cobraram insistentemente sua presença e seu posicionamento, mas, segundo o sindicato, ele não estava no prédio durante o protesto.

No momento dos gritos, o prefeito postava vídeos no Instagram de sua presença em um evento de produtores de café, onde discursou em apoio aos participantes. Com gritos como "Desce aqui, Xandão" e "Prefeito, teimoso", os servidores exigiram um canal direto de negociação e demonstraram insatisfação com o distanciamento do chefe do Executivo. Não foram atendidos.

Para os servidores, o silêncio da gestão simboliza o descaso com o funcionalismo e com os serviços prestados à população. Mesmo com a abertura do sindicato para discutir alternativas, como o parcelamento das demandas, a administração municipal manteve o silêncio. “Alexandre nos odeia; é óbvio”, gritava um servidor, bastante irritado.

No período da tarde, os manifestantes também colaram na porta da prefeitura folhas com letras garrafais que, juntas, formavam a palavra "greve".

A expectativa agora está voltada para a audiência no TJ-SP, onde o sindicato e a Prefeitura devem buscar uma solução para o impasse. Até lá, os servidores seguem mobilizados e atentos às orientações da entidade.

Prefeitura de Franca

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Franca nesta segunda-feira sobre o movimento grevista, mas não obteve resposta até o fechamento deste texto.

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Comentários

1 Comentários

  • José 08/04/2025
    TODO APOIO A GREVE! CONTINUEM! FORA ALEXANDRE!