A cabeleireira Claudia Aparecida da Silva, de 50 anos, muito conhecida e querida no bairro Jardim Primavera e no Leporace, em Franca, está em estado vegetativo sem prognóstico de recuperação, após uma série de crises respiratórias que culminaram em uma parada cardíaca. A comunidade agora se mobiliza para ajudar a família a enfrentar os custos do tratamento e dos cuidados intensivos que ela necessita.

Uma vida cheia de energia interrompida por complicações de saúde

Claudia sempre foi reconhecida por sua simpatia e dedicação ao trabalho em seu salão de beleza. Nascida e criada no bairro Leporace, viveu por mais de 20 anos na região e se tornou uma figura muito conhecida na comunidade. Apesar de sempre ter sido saudável, nos últimos meses começou a apresentar dificuldades respiratórias. Em janeiro e fevereiro deste ano, enfrentou três crises respiratórias, mas, por conta de seu histórico de alergia, os sintomas foram tratados como reações alérgicas comuns.

Em uma das crises, seu filho insistiu para que ela buscasse atendimento médico na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), onde recebeu um antialérgico. Ela chegou a marcar exames na UBS (Unidade Básica de Saúde), mas antes que pudesse realizá-los, sofreu um agravamento inesperado de sua condição.

Uma crise e as consequências

No dia 22 de fevereiro, enquanto estava no rancho com amigos, Claudia teve uma nova crise respiratória e precisou ser levada às pressas para um atendimento médico em Cristais Paulista. De lá, foi transferida para a Santa Casa de Franca, onde sofreu uma parada cardíaca que durou cerca de 15 minutos. A falta de oxigenação no cérebro durante esse período causou sequelas irreversíveis, levando-a a um estado vegetativo.

Desde então, Claudia passou por tratamento intensivo na UTI do Hospital do Coração e, em breve, receberá alta hospitalar. No entanto, sua condição exige cuidados intensivos 24 horas por dia, fornecidos por profissionais de saúde. Atualmente, ela respira com a ajuda de um dispositivo Bipap por traqueostomia, se alimenta e recebe medicação por sonda e depende de fraldas ou sonda urinária.

Pequenos sinais de esperança e o apoio da comunidade

Apesar do diagnóstico desanimador, Claudia demonstrou algumas pequenas melhoras, como a capacidade de abrir os olhos, mexer a cabeça e a boca. Histórias de outras pessoas que superaram condições similares trazem um fio de esperança para seus familiares e amigos, que não desistem da possibilidade de recuperação.