
Diante da deterioração visível da frota de ônibus que circula por Campinas, o prefeito Dário Saadi se reuniu com representantes das empresas concessionárias do transporte público e solicitou a renovação emergencial dos veículos. A medida, segundo o governo, visa amenizar o sofrimento dos usuários. Os passageiros enfrentam ônibus sujos, mal conservados e com falhas mecânicas recorrentes.
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Participaram do encontro representantes das concessionárias VB, Itajaí e Campibus, além do secretário de Transportes, Fernando de Caires, e do presidente da Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas), Vinicius Riverete. “Não podemos esperar a nova licitação para melhorar a vida de quem depende do ônibus todos os dias. É preciso conforto e dignidade para o trabalhador”, afirmou Dário.
A proposta discutida inclui locação ou compra de veículos novos como solução provisória até a conclusão do processo licitatório do novo modelo de concessão, que ainda está em andamento. Riverete destacou que a renovação da frota se tornou urgente diante do cenário de degradação do sistema atual. “Sabemos que a solução definitiva virá com a nova licitação, mas isso demanda tempo. Não dá para esperar com a frota no estado em que está.”
Segundo a prefeitura, a remuneração das empresas hoje não contempla os valores de depreciação e investimento, justamente por causa da idade avançada da frota. Com a entrada de novos ônibus, esses itens voltam a ser incluídos nos custos, o que pode provocar impacto no valor do subsídio público.
Nova licitação segue em análise
Paralelamente, o governo municipal segue trabalhando na reformulação da licitação do transporte coletivo, que teve sua primeira tentativa frustrada em setembro de 2023, quando nenhuma empresa apresentou proposta. A expectativa é de que a minuta do novo edital seja publicada até abril de 2025, com abertura para consulta pública.
Entre os avanços previstos no novo modelo estão a inclusão de 60 ônibus elétricos, maior transparência no sistema de remuneração e a reformulação do PAI-Serviço, voltado à acessibilidade. O modelo também prevê que o sistema de bilhetagem seja gerido pelo poder público, com mais controle sobre as receitas do transporte.
Em meio à insatisfação crescente da população com a qualidade do serviço, a prefeitura tenta, com as novas medidas, evitar o agravamento da crise enquanto trabalha para atrair operadores interessados na futura concessão.
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