
Cerca de 24 horas separam as negociações de duas das mais importantes categorias de trabalhadores de Franca. A assembleia dos sapateiros acontece nesta quinta-feira, 20, enquanto os servidores se reúnem com o Executivo nesta sexta-feira, 21. Em jogo estão os valores dos salários e benefícios para 2025.
Os valores propostos pelo Sindifranca (Sindicato da Indústria de Calçados de Franca), que representa os empregadores, não serão divulgados pelo STICF (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Calçados do Município de Franca) até a realização da assembleia.
A pauta é aprovada se receber mais da metade dos votos favoráveis, ou seja, 50% mais um voto. “A expectativa é que o trabalhador participe em massa. Foi feita a divulgação e o convite para todos os trabalhadores. Rodamos mais de 5 mil boletins nas empresas, convocando para a assembleia”, disse o presidente do STICF, Wellington Paulo de Oliveira.
A assembleia dos sapateiros será realizada nesta quinta-feira, às 17h30, na sede do STICF, na Rua Padre Anchieta, 2160, no Centro da cidade.
Servidores públicos municipais
A comissão de negociação da Prefeitura de Franca se reunirá com o Sindserv (Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos Municipais de Franca e Região) nesta sexta-feira, às 15 horas.
O encontro acontece após a administração municipal tentar aprovar, em regime de urgência, o projeto de lei de reajuste salarial e dos benefícios, sem acordo prévio com os sindicalistas, na sessão ordinária da Câmara Municipal de terça-feira, 18. A operação, no entanto, deu errado. A base governista não alcançou as dez assinaturas necessárias para que o texto tramitasse em urgência.
O projeto do Executivo propõe reajustar os salários em 4,87% para repor a inflação de 1º de março de 2024 a 28 de fevereiro de 2025, sem aumento real. A administração municipal ofereceu 5% de aumento no vale-alimentação, passando dos atuais R$ 986 para R$ 1.036, e no abono escolar, de R$ 367,65 para R$ 386,04 em 2026. Além disso, a manutenção das seis faltas abonadas por ano.
Os valores estão abaixo dos reivindicados pelo Sindserv. Segundo o presidente da instituição, Fernando Nascimento, a categoria solicita um aumento real de 4,13%, além da inflação de 4,87%, totalizando um reajuste de 9% no salário. Para o vale-alimentação, é solicitado o valor de R$ 1.340. Os sindicalistas concordam com o reajuste de 5% no abono escolar, mas reivindicam a criação de um vale-refeição no valor de R$ 15 por dia trabalhado.
Segundo o presidente do sindicato, Fernando Nascimento, a categoria não teve nenhum contato com a prefeitura desde a sessão da Câmara de terça-feira. Apesar do atrito, ele mantém as esperanças sobre um acordo. “A expectativa é positiva e esperamos que ele (o prefeito Alexandre Ferreira, MDB) reconsidere os valores apresentados”, finalizou.
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Comentários
1 Comentários
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Valeska 20/03/2025Os sapateiros só tiveram um aumento decente há 38 passados quando tínhamos uma geração corajosa que deflagrou uma greve que durou quase dois meses, se não tiverem coragem não tem aumento, vão ser eternos capachos