3 DIAS NA CADEIA

Confundida com bandida, mulher é presa ao denunciar marido

Por | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução/TV Globo
 Enquanto estava na unidade policial, Debora recebeu voz de prisão sob a acusação de tráfico de drogas e associação criminosa.
Enquanto estava na unidade policial, Debora recebeu voz de prisão sob a acusação de tráfico de drogas e associação criminosa.

Débora Cristina da Silva Damasceno, de 42 anos, procurou a Polícia Civil do Rio de Janeiro para denunciar o marido por violência doméstica, mas foi presa por engano e passou três dias encarcerada. Ela foi liberada no fim da tarde dessa terça-feira (18).

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No último domingo (14), Débora foi até uma delegacia em Petrópolis (RJ) para registrar a denúncia e solicitar medida protetiva. Enquanto estava na unidade policial, recebeu voz de prisão sob a acusação de tráfico de drogas e associação criminosa. Em seguida, foi encaminhada ao Presídio de Benfica.

A prisão foi resultado de ter sido erroneamente identificada como foragida da Justiça de Minas Gerais, que tem um nome semelhante — Débora Cristina Damasceno, sem o "da Silva" — e é oito anos mais jovem que a vítima do erro.

Mesmo após familiares apontarem as diferenças nos dados, a Polícia Civil do Rio manteve a prisão. O equívoco só foi reconhecido ontem, durante a audiência de custódia. O Tribunal de Justiça do Rio admitiu que houve erro cometido pela Justiça de Minas Gerais e determinou a soltura de Débora.

Segundo a defesa da vítima, Débora foi levada para cumprir pena de nove anos e quatro meses em regime fechado, mesmo sendo inocente.

A defesa anunciou que vai processar o estado do Rio de Janeiro por danos morais e psicológicos. Débora relatou que os dias encarcerada foram aterrorizantes. "Passei três dias presa por um erro, ninguém acreditou em mim, que eu era inocente. Foram os piores três dias da minha vida. Só peço que antes de condenarem alguém, verifiquem, pesquisem mais, antes de julgarem uma vida", desabafou em um vídeo enviado pela defesa ao UOL.

Após o episódio, a Polícia Civil solicitou medidas protetivas contra o marido da vítima, que não foi preso.

Em nota, a Polícia Civil declarou que "apenas cumpriu" o mandado de prisão que constava no sistema. Segundo a corporação, os agentes da 105ª DP (Petrópolis) consultaram os registros e encontraram um mandado em aberto no nome da mulher.

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