JUSTIÇA

15 são detidos por corrupção em caso de boate que pegou fogo

Por | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução de vídeo/Facebook
Investigações iniciais revelaram que o local operava sem licença adequada e estava superlotado.
Investigações iniciais revelaram que o local operava sem licença adequada e estava superlotado.

As autoridades da Macedônia do Norte, na Europa, detiveram 15 suspeitos de corrupção e suborno após o incêndio devastar a boate Pulse, na cidade de Ko?ani no domingo (16), deixando 59 mortos e 155 feridos. Investigações iniciais revelaram que o local operava sem licença adequada e estava superlotado, com cerca de 1.500 pessoas — o dobro da capacidade permitida.

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O incêndio começou por volta das 2h30 da madrugada, durante show do grupo local de hip hop DNK. Artefatos pirotécnicos utilizados na apresentação incendiaram o teto inflamável do estabelecimento, causando pânico. Com apenas uma saída disponível, muitos jovens — alguns com apenas 14 anos — ficaram presos e morreram por inalação de fumaça, queimaduras ou na tentativa desesperada de escapar.

Sobreviventes relataram momentos de terror. “Tentamos sair pelo banheiro, mas as janelas tinham grades. Consegui escapar, mas fui atropelada na escada e mal consegui respirar”, contou Marija Taseva, de 19 anos, que perdeu a irmã na tragédia.

O governo declarou sete dias de luto nacional. Vizinhos como Bulgária, Grécia, Sérvia e Turquia ofereceram assistência médica, recebendo feridos em estado crítico. Líderes europeus e o Papa Francisco também enviaram mensagens de solidariedade.

O primeiro-ministro Hristijan Mickoski afirmou que o país precisa enfrentar a corrupção sistêmica. O governo ordenou inspeções em todas as boates e cabarés do país nos próximos três dias.

Boate Kiss

A tragédia da Pulse relembra o incêndio de 2013 na Boate Kiss, em Santa Maria (RS), que matou 242 pessoas. Assim como em Ko?ani, o uso de artefatos pirotécnicos e a falta de saídas de emergência foram determinantes para o desastre; a casa também funcionava acima do limite de pessoas permitido. No caso brasileiro, ao final de anos de processos, apenas quatro pessoas foram responsabilizadas pela tragédia: os empresários e sócios da casa noturna, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, o músico Marcelo de Jesus dos Santos e o produtor musical Luciano Bonilha Leão.

*Com informações do Euronews

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