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Terapia pélvica: a saúde sexual é fundamental para o bem-estar


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Divulgação

Saúde sexual é um assunto ainda tabu para muitas pessoas hoje em dia. O que muitos não sabem é que o assunto é extremamente necessário. Fundamental. Quem explica é Tayná Tiffani, de 28 anos, especialista em terapia pélvica em Franca.

Tayná desmistifica diversos assuntos que, para muitas pessoas, permanecem grandes dúvidas em relação à questão sexual e à saúde propriamente dita.

O que é certo e errado? O que é comum? O que não pode acontecer? A terapia pélvica traz ferramentas que ajudam a responder muitas dessas dúvidas e tranquiliza as mulheres sobre o processo de autoconhecimento fundamental, e que podem ajudar todas as mulheres. Desde uma jovem aprendendo sobre seu corpo até uma mulher na menopausa que quer fortalecer as estruturas do assoalho pélvico.

A seguir, confira alguns dos principais tópicos abordados quando o assunto é saúde pélvica:

O que é a terapia pélvica e de quais problemas ela trata?
Tayná - Nosso assoalho pélvico sustenta a bexiga, o útero e o intestino. Precisamos mantê-lo forte, porque senão, o que acontece? Desce. E a gente vai ficando enfraquecida com o tempo. A fisioterapia pélvica trabalha com esse fortalecimento. Tem muitas mulheres que não conseguem ter uma penetração durante o ato sexual. A gente trabalha nessa disfunção também. Trabalhamos com a incontinência urinária, menopausa, autoconhecimento, gestantes, entre outros.

Quais são os tipos de incontinência urinária?
São três. Temos as mulheres que têm a de emergência. Deu a vontade de fazer xixi, ela tem que fazer logo. Ela consegue chegar até o banheiro, desde que não demore muito. Temos também a que não sente, ela simplesmente faz o xixi. E, por último, as mulheres que simplesmente não conseguem fazer o xixi, porque ela não sente a vontade, ela vai enchendo, enchendo e enchendo. Como ela não tem essa sensibilidade da bexiga, acaba fazendo o xixi ou acaba segurando muito e acaba desenvolvendo alguma infecção por causa disso".

Tem uma faixa de idade que pode se beneficiar desse tratamento?
Não tem. Eu particularmente não trabalho com o público infantil, porém a fisioterapia pélvica também trabalha com essa faixa-etária. Sabe aquelas crianças que já passaram da parte do desfralde e elas continuam fazendo xixi na roupa? Já não é normal uma criança de sete anos fazer o xixi inesperado de madrugada. A gente consegue fazer junto com o psicólogo, porque pode ser algo psicológico também. Mas esse é um atendimento que não faço. Para mim, trabalho a partir da adolescência até quando precisar, até na maturidade.

Quais sinais indicam a necessidade de terapia pélvica?
Quando ela tem uma relação, ela sente aqueles flacos vaginais e 'barulhinho de pum'. Isso mostra que ela está com os músculos enfraquecidos. Se ela perde urina quando ri, provavelmente você já deve ter escutado: 'Pelo amor de Deus, para de me fazer 'cosquinhas' senão eu vou fazer xixi na roupa!'. Não, isso não é normal.

Se a mulher não consegue ter a penetração. Se ela tem falta de lubrificação. Se ela sente uma dor muito forte na região pélvica. Ela também precisa (de ajuda).

Como funciona a consulta?
Quando a pessoa me procura, eu vou fazer algumas perguntas para ela. O meu primeiro contato com a pessoa é de duas formas:

Ela pode falar assim: 'Olha, eu sei que eu tenho isso. Quero fazer uma avaliação'. A partir daí, eu vou olhar toda a região. Eu vou tocar para sentir se ela tem algum nódulo. Igual esses nódulos das costas, porque a gente também tem na região íntima. Eu vou olhar toda essa parte com ela. Vamos supor que a pessoa é muito tímida. Então, primeiro eu vou fazer perguntas. Ela vai me conhecer. Ela pode me fazer perguntas. E eu vou responder, explicar, para a paciente. Depois que ela me conhecer, a gente vai fazer a avaliação numa segunda consulta.

Quais técnicas são utilizadas nesse processo?
“Eu posso usar os biofeedbacks, que são os processo para fortalecer. Ela vai ver o quanto tem força, e a gente vai avaliar se precisa de ter mais força para apertar e soltar. Ou se ela precisa de apertar e segurar. A gente vai avaliar tudo isso. Também tem as eletroestimulações. É como se fosse um choque, como se fossem formiguinhas. E eu vou olhar para ela e falar assim: ‘Olha, está bom, está confortável, está desconfortável?’. É no limite da paciente. Tem as terapias manuais, que é fazer uma massagem ali. Se tem algum nódulo, eu vou tirar, vou liberar essa musculatura.

E no caso de dificuldades na relação sexual?
Primeiro a gente vai devagar… Vou ensinar a fazer a respiração e a relaxar. Vem com essa massagem perineal e vai soltando a musculatura. Talvez ela só tenha uma rigidez. São vários motivos. Talvez uma mulher que tenha passado por um abuso. Ou ela foi uma criança que sofreu bullying. Tambem tem muito aquela coisa da religiosidade. ‘Não pode ter o sexo antes do casamento'. Só que fica tão aquilo fixado na mulher, que quando ela se casa, ela não consegue desprender disso. O psicológico manda muito. A questão de talvez um abuso ter passado por alguma coisa que não deveria ter passado. Um marido que falava ‘você vai ter que’, e aí aconteceu. Talvez quando ela sentiu muita dor e isso foi uma coisa que maltratou muito... E ela não consegue mais se desprender desse sentimento.

A terapia também é indicada no pós-parto?
Sim! Geralmente, a mulher vai ficar com medo, porque ficou dolorida. A gente vai trazer toda essa consciência corporal para ela novamente. A cabeça da mulher muda quando tem o bebê. Então, a gente trabalha essa questão de voltar a sensibilidade. Ela fica com medo de ter tido uma elasticidade muito grande, que não vai ser mais a mesma coisa. A gente trabalha com ela esse fortalecimento.

Quais hábitos diários podem prejudicar o assoalho pélvico?
A gente tem uma mania muito grande de quando vai sair para qualquer lugar querer fazer xixi antes de sair. Você acaba colocando uma coisa na sua cabeça de que você sempre precisa fazer xixi. Você não está nem com vontade. Isso vira uma rotina. Aí, o dia que você sai sem ir ao banheiro, você vai sentir vontade de fazer xixi, mesmo que não tenha a bexiga tão cheia, isso é uma coisa que prejudica. Ou quando a gente vai fazer uma atividade física e não controla a nossa região pélvica. Quando você vai fazer um abdominal, ao invés de você colocar força só no abdômen, você faz uma força para baixo. Você está colocando a musculatura para baixo. Forçando a musculatura. Acaba deixando essa parte mais elástica.

Os homens também podem fazer fisioterapia pélvica?
Sim! Eu trabalho especificamente com o público feminino, porém, homem também pode fazer. A parte masculina, quando ele tem prostatectomia, vai voltar a ter sensibilidade. Ajuda com a parte de ficar ereto, que muitos homens perdem depois de uma cirurgia. A gente trabalha nisso também. Também tem a parte ejaculatória que também auxilia. Um exemplo: tem homens que deu um minutinho e acabou. A gente vai fazer exercícios e trabalhar para que ele consiga segurar mais.

Quero fazer terapia pélvica, como é o seu trabalho e como posso agendar um horário?
Eu trabalho de forma domiciliar ou com consultas online. Acredito que quando eu vou até a pessoa, ela está em um ambiente dela, acolhedor. Ela sabe que não tem ninguém ali. Isso traz segurança. O segundo ponto é que, na casa da pessoa, eu consigo adaptar os exercícios para a rotina dela. Esse é um conforto a mais.

Para agendar seu horário com a fisioterapeuta Tayna Tiffani é só entrar em contato pelo WhatsApp (16) 99394-4643 ou pelo Instagram @taynatiffani_fisiopelvica. Os atendimentos são de segunda a sexta-feira.

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