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Prefeito de Igarapava é cassado pela Câmara; 'perseguição', diz

Por Hevertom Talles | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação
José Ricardo Mattar foi cassado pela Câmara de Igarapava a menos de um mês do término do mandato; ele alega perseguição política
José Ricardo Mattar foi cassado pela Câmara de Igarapava a menos de um mês do término do mandato; ele alega perseguição política

O prefeito de Igarapava, José Ricardo Rodrigues Mattar (MDB), presidente do Comam (Consórcio de Municípios da Alta Mogiana), teve seu mandato cassado pela Câmara Municipal a menos de 26 dias do término do pleito para o qual foi eleito.

Em sessão realizada nesta quarta-feira, 4, os vereadores decidiram pela cassação do prefeito devido à contratação de transporte escolar sem licitação em janeiro de 2023. A votação resultou em oito votos a favor e três contrários à cassação.

A Câmara entendeu que o prefeito cometeu quebra de decoro ao realizar a contratação de forma irregular. Ele foi denunciado por falta de planejamento administrativo. Segundo os vereadores, o contrato emergencial gerou custos elevados aos cofres públicos, configurando uma "emergência fabricada". A Câmara argumenta que o prefeito não tomou as medidas necessárias para realizar uma licitação ampla e transparente, optando por um contrato emergencial com valores elevados.

Perseguição política, diz prefeito cassado

Em entrevista ao programa A Hora É Essa, da Rádio Difusora, nesta quinta-feira, 5, José Ricardo afirmou estar sofrendo perseguição política. “Os oito vereadores já demonstraram uma indisposição com o Executivo. Denunciamos ao Ministério Público que o presidente da Câmara havia visitado o chefe de gabinete, que é ex-vereador, e afirmado que garantiriam minha cassação apenas para prejudicar minha imagem e me tornar inelegível”, declarou o prefeito.

Ele também alegou que a Câmara dificultou sua participação nos debates, convocando-o em momentos em que estava fora do município. Sobre a contratação emergencial, José Ricardo explicou que o contrato anterior com a empresa prestadora de serviço estava sendo descumprido, gerando notificações e inviabilizando uma prorrogação, o que demandou a escolha de um contrato emergencial.

“O contrato emergencial foi minha única alternativa para garantir o transporte escolar das crianças da zona rural. Sem isso, os alunos ficariam sem condução”, justificou. Ele acrescentou que a primeira empresa contratada emergencialmente não conseguiu entregar os ônibus, enquanto a segunda empresa apresentou valores elevados, que ele tentou negociar.

Vice assume

Nesta quinta-feira, o vice-prefeito, Wagner Marques dos Santos, assumiu o Executivo de Igarapava.

José Ricardo informou que irá recorrer à Justiça contra a decisão da Câmara. Ele destacou que sua administração conta com cerca de 86% de aprovação popular e acusou os vereadores de agirem para inviabilizar sua candidatura futura.

A reportagem tentou contato com a Câmara Municipal de Igarapava, mas ainda não obteve resposta.

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Comentários

1 Comentários

  • Juarez 05/12/2024
    Qd olharem o convênio das lâmpadas de LED do Comam, aí verão a esperteza do prefeito.