O comerciante João Victor Moura Rangon, de 27 anos, foi morto por um policial militar na madrugada desta quarta-feira, 2, durante uma abordagem na Avenida Quatro, Centro de Orlândia. O policial militar que disparou contra o rapaz foi preso em flagrante, mas, em audiência de custódia, ficou decidido que ele responderá em liberdade pelo homicídio.
De acordo com o boletim de ocorrência, João estava com seu irmão em um Ford Focus quando, por motivos a serem esclarecidos, desobedeceu a uma ordem de parada dos policiais.
João estava acompanhado de seu irmão mais novo, Gabriel Henrique de Moura Rangon, de 24 anos, que era passageiro no carro. Ao desrespeitar o sinal dos policiais, ele teria iniciado uma fuga que, segundo a Polícia Militar, começou em Orlândia, passou por Sales Oliveira, Morro Agudo e São Joaquim da Barra, antes de retornarem para Orlândia.
No cruzamento da Avenida Quatro, o carro de João foi cercado. Câmeras de segurança mostraram o momento em que o veículo é cercado por viaturas. João tenta dar ré, mas é abordado por um policial. Em questão de segundos, o carro já estava cercado por militares.
Na sequência, os policiais retiram Gabriel do carro e o agridem no chão. Não é possível ver nas imagens, mas, nesse momento, João é atingido por um tiro na cabeça.
Ainda segundo o boletim de ocorrência, o disparo foi acidental. João foi socorrido para um hospital da cidade, mas faleceu ao dar entrada na unidade.
O policial militar Artur Filgueiras Cintra, de 28 anos, foi preso em flagrante e solto em audiência de custódia. Porém, horas depois, a Justiça Militar converteu a prisão em preventiva. Com isso, Cintra será encaminhado para o presídio Romão Gomes, em São Paulo.
O caso foi registrado e será investigado como resistência e homicídio decorrente de oposição à intervenção policial. O corpo do rapaz foi encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal) de Franca.
Matéria atualizada às 22h48
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Comentários
4 Comentários
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Antonio Carlos 03/10/2024Disparo acidental, né?, é por isso que é um absurdo um pm abordar cidadãos apontando arma, como eles fazem a torto e a direito sem necessidade, nessa hora o dedo e o miolo mole do policial acionar o tal do disparo acidental e quem apenas infringiu normas de trânsito é condenado e executado por um desses despreparados que se acham delegados, promotores, juízes e executores, tudo ao mesmo tempo. O rapaz já estava rendido, deitado no chão e sofrendo agressões, precisava ter arma apontada pra ele? Agora vai sair uma nota dizendo que (sic) ...a corporação não coaduna com desvios de conduta..., vão esperar a poeira baixar e, depois, servir uma pizza de muçarela ou calabresa, com coca-cola ou guaraná, o governador vai passar o pano, e, no mês que vem, tudo se repete com a tal da polícia mais bem preparada do país. Só em Alphaville é que a coisa é um pouquinho diferente.
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Fausto 03/10/2024Quem não deve, não corre. Tomou o que devia, não culpo o Policial, fez o trabalho dele. Se correu por todas estas cidades, alguma coisa tem. Vagabundo.
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Sergio Lucas 03/10/2024Dá nada não, o governador vai passar o pano pra melhor polícia do Brasil.
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Antonio Carlos 02/10/2024Eles matam mesmo, o governador passar o pano. O cara correu da abordagem, mas já estava dominado, não oferecia mais nenhum perigo pra ninguém, mas no manual não escrito da pm a pena pra isso é a morte, todo mundo sabe disso.