SEM VENTILAÇÃO

Alunos vivem 'sauna' com calor excessivo em escola de Franca

Por Bruna Góis | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Escola Estadual Professora Helena Cury Tacca, no bairro Jardim Tropical, em Franca
Escola Estadual Professora Helena Cury Tacca, no bairro Jardim Tropical, em Franca

As temperaturas elevadas registradas nas últimas semanas em Franca estão provocando desconforto para os alunos da Escola Estadual Professora Helena Cury Tacca, localizada no Jardim Tropical, na região norte da cidade.

A reclamação é de que, embora haja um ar-condicionado nas salas de aula, segundo a direção ele não pode ser ligado, deixando assim os estudantes em uma "sauna" durante os períodos mais quentes do dia.

Com isso, o calor excessivo, acima da média para o período, vem causando transtornos para os escolares. Muitos afirmam que, não suportando a temperatura, pedem para os pais ou responsáveis buscá-los na unidade escolar, ou acabam passando mal durante as aulas. "Às vezes, até a água falta na escola. Já fizeram abaixo-assinado, os alunos já tentaram se mobilizar, mas não tivemos força", relata uma jovem de 16 anos.

Os alunos também relatam que os bebedouros estão quebrados, o que impossibilita que todos se mantenham hidratados, como recomendado para o período quente na região. Ventiladores estão queimados e há meses não funcionam. Os estudantes afirmam que usam folhas ou capas de caderno para se abanarem e aliviar o desconforto. O colégio funciona em três períodos: matutino, vespertino e noturno. O período da tarde é considerado o pior para os estudantes, mas à noite as salas continuam quentes devido ao calor acumulado durante o dia.

Seduc responde

A reportagem do portal GCN/Sampi entrou em contato com a direção da unidade escolar e com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc), na manhã desta sexta-feira, 27. Após a publicação da matéria, a Seduc encaminhou a seguinte nota:

"A Diretoria de Ensino de Franca informa que os aparelhos de ar-condicionado instalados na referida escola aguardam a finalização do processo de adaptação da rede elétrica para que todos funcionem, bem como dos 17 ventiladores existentes nas salas de aula da unidade, apenas dois necessitam de reparo. Tanto a adaptação da rede elétrica, quanto a manutenção dos ventiladores têm previsão de conclusão na próxima semana". 

A secretaria adicionou ainda que foram investidos R$ 37,6 milhões este ano na adaptação das redes elétricas de 323 escolas estaduais para a instalação de equipamentos de ar-condicionado. Na região das Diretorias de Ensino de Franca e São Joaquim da Barra, há a previsão de climatizar 51 novas escolas até fevereiro de 2025. Destas, 16 unidades já receberam tanto os serviços da adequação da rede elétrica, quanto a instalação do equipamento.

Recomendações para as escolas

"No contexto pedagógico, a pasta frequentemente recomenda que aulas de Educação Física sejam leves e a hidratação frequente; a exposição ao sol deve ser evitada, principalmente entre as 10h e 16h, quando as temperaturas estão mais elevadas; e, se for necessário, o professor pode optar por dar aulas sem esforço físico. As escolas também são orientadas a identificar sinais de insolação ou desidratação em alunos, professores e colaboradores, bem como a acionar o serviço de saúde", finaliza a nota da Seduc-SP.

Matéria atualizada às 20h56

Fale com o GCN/Sampi!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.

Comentários

Comentários