Hoje inicia-se a Semana Santa com a bênção e a procissão dos Ramos.
A Procissão de ramos é de louvor, e a Missa, nos faz refletir sobre a Morte e Ressurreição do Senhor.
Primeira Leitura: Isaías 50.
Isaias reconhece ter recebido de Deus as qualidades que o tornam apto para esta missão: sabe falar bem, tem um caráter forte, não se deixa amedrontar, não se abate diante das dificuldades, sabe ouvir e meditar a palavra de Deus.
Está consciente do fato de que não poderá desenvolver a sua missão com tranquilidade. Aguarda-o uma forte oposição.
Não obstante tudo isso, porém, ele permanecerá fiel ao Senhor e levará a cabo a sua missão em favor dos oprimidos, sempre com a certeza de ter Deus a seu lado.
Segunda Leitura: Filipenses 2.
Paulo amava muito a comunidade de Filipos. Havia ali muitas pessoas simples e generosas às quais era ligado por sólida amizade.
Todavia, como acontece até nas mais fervorosas comunidades de hoje, também em Filipos havia o problema da inveja entre e os cristãos.
Paulo sente, então, a necessidade de recomendar aos filipenses; “Não deveis fazer nada por egoísmo, ou para sentir-vos superiores aos outros”.
Para conseguir fazer penetrar até o fundo do coração dos filipenses este ensinamento, Paulo continua sua exortação apresentando o exemplo de Jesus Cristo e o faz citando na sua carta um canto bonito executado naquela comunidade.
Evangelho: Marcos 14.
O ponto culminante de toda a narrativa da paixão de Jesus segundo São Marcos, é a profissão de fé, proclamada aos pés da cruz, pelo comandante dos soldados romanos.
Então o centurião, quando viu Jesus morrer daquele modo, disse: “Verdadeiramente este homem era Filho de Deus”.
Desde o começo do Evangelho de Marcos, o povo e os discípulos se perguntam quem é Jesus, mas ninguém consegue desvendar a sua verdadeira identidade.
É da boca de um soldado estrangeiro que procede a fórmula usada pelos primeiros cristãos para proclamar a própria fé em Cristo.
Que caminho nós seguimos para proclamar a nossa profissão de fé em Cristo “Filho de Deus”? Fomos nós convencidos por algum sinal, por alguma graça especial, ou foi Deus que nos abriu os olhos e nos revelou quem é aquele que morre na cruz e a razão pela qual ele doa a sua vida?
O exemplo de Jesus nos ensina que, em qualquer circunstância da vida, nunca podemos esquecer ou duvidar do amor do nosso “Pai do céu”!
Monsenhor José Geraldo Segantin é reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio
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