Deus, nosso Pai, ama com amor total seus filhos. O seu julgamento é de “perdão” e “vida”.
Quais os ensinamentos neste domingo?
Primeira leitura: IIª Livro Crônicas 36.
Os homens dos tempos passados pensavam que Deus concederia as suas bênçãos àqueles que observassem os mandamentos, e que enviaria infortúnios a quem não obedecesse.
O que o autor nos apresenta como um castigo de Deus não é outra coisa senão aquilo que acontece automaticamente ao homem sempre que envereda pelo caminho do pecado: provoca a ruína de si mesmo e dos outros.
A história de amor de entre Deus e o homem nunca termina com uma condenação.
Segunda leitura: Efésios 2.
O segundo capítulo da carta aos cristãos de Éfeso começa apresentando, com expressões muito dramáticas, a situação do homem pecador. Afirma que é um rebelde que segue seus instintos e suas paixões, provocando a própria ruína e a própria infelicidade.
O homem não consegue sair dessa situação desesperadora. Deus, porém, rico de amor e misericórdia, intervém para libertá-lo: ressuscita-o com Cristo para uma vida nova.
Essa salvação não é concedida ao homem por causa dos seus méritos; trata-se de um dom completamente gratuito do Pai.
Evangelho: João 3.
A primeira parte do Evangelho deste dia evoca um fato dramático, ocorrido ao povo de Israel durante a travessia do deserto.
Jesus se refere a esse episódio e o interpreta como um símbolo daquilo que está para lhe acontecer. Ele também será levantado na cruz, e todos aqueles que o contemplarem encontrarão a salvação para sua vida.
Olhar para Jesus “levantado” quer dizer, ensina-o o evangelho de hoje, acreditar nele, isto é, aceitar com fé a mensagem que ele, do alto da cruz, dirige para todos os homens.
No trecho que acabamos de ler, Jesus simplesmente exclui que Deus julgue o homem. Ele quer que o homem, que todos os homens se salvem. O julgamento não é pronunciado por Deus, mas pela escolha que cada um faz diante da luz de Cristo.
Monsenhor José Geraldo Segantin é reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio
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