Bora comer um pastel na feira? Quem nunca ouviu esse chamado aos domingos? Tradicionalmente realizada na avenida Major Nicácio, uma das principais avenidas da cidade de Franca, a feira do domingo é de muito movimento.
Opções não faltam. Há barracas que comercializam legumes frescos, frutas, o caldo de cana, suco de laranja, queijos, doces, frangos caipira ou semi-caipira, peixes, pamonha, quitutes, entre tantas outras coisas.
Muito antes da chegada dos visitantes, o trabalho de preparação começa ainda pela madrugada, antes do dia clarear.
A jovem Luiza Vitória da Silva Duet, de 17 anos, trabalha em uma barraca que vende frutas e legumes. Luiza revela que acorda às 4h da madrugada para começar os preparativos. “Já vem e prepara. Chega aqui, monta e já começa a funcionar. Eu acho que a feira livre facilita pro pessoal fazer as compras, alimentos frescos, para também andar e passear”, comenta.
Poucos metros dali, está a veterana Sueli Das Graças Lopes, de 61 anos, que está no ramo há 20 anos e tem o negócio como sua principal forma de renda. Sueli vende frangos nas feiras livres que acontecem em frente ao Cemitério da Saudade às quintas-feiras, na Estação, aos sábados, e na Major Nicácio aos domingos.
“Durante a semana trabalho em casa, preparando os frangos, limpando para serem comercializados na feira”, afirma a feirante. Sueli leva cerca de 50 frangos para serem vendidos, e o preço varia entre R$ 35 a R$ 55. Ela relata que na maioria das vezes sempre vende todos os frangos que leva.
O corredor da feira livre durante o período da manhã é um vai e vem de pessoas, e em alguns momentos chega a ter um congestionamento nas barracas de pastéis que são as “queridinhas” da feira pela grande procura.
Na manhã deste domingo, 3, a dona de casa Silvana Arantes, de 55 anos, enquanto aguardava o seu pastel ficar pronto disse: “Pastel da feira é ótimo. Teve época que eu vinha todos os domingos, aí demos uma parada. Hoje voltamos”, comenta.
Fazendo a feira da semana, o aposentado José Roberto de Oliveira, 67 anos, prefere ir à feira do que comprar em supermercado. A justificativa que ele dá é que os preços que são praticados na feira seriam "melhores" e os produtos são frescos.
“Muito importante, se você quiser comer um legume, uma comida mais fresca, é na feira. Eu venho duas vezes e compro só aqui. A gente acha ruim quando tá chovendo de manhã e precisa vir na feira, mas precisa da chuva”, brinca José.
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Comentários
1 Comentários
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Ailton Sena Guimarães 04/09/2023Infelizmente essa prática tem diminuido muito. O que vemos nas feiras livres são pessoas idosas, às vezes acompanhadas com os filhos que já são adultos. Os jovem raramente não marcam presença nesses lugares. E cada tempo que passa as pessoas adultas/idosas vão se afastando e a feira livre vai encolhendo. Os feirantes também vão envelhendo, e seus filhos dificilmente dão continuidade. Um exemplo de trabalho na feira é a Dona Geralda, que faz, pelo menos, quatro décadas dedicas à feira e tem a companhia de seus familiares. Precisamos preservar esse patrimônio francano.