RELIGIÃO

Ascensão de Jesus

Por Monsenhor José Geraldo Segantin | especial para o GCN
| Tempo de leitura: 2 min

A Igreja celebra hoje, na liturgia, a volta de Jesus ao céu. Ele foi preparar um lugar para nós.

Deus é bom e sua misericórdia é eterna. Aprendamos com a Palavra de Deus o sentido desta solenidade.

Primeira Leitura: Atos dos Apóstolos 1
No final do seu Evangelho Lucas afirma que o Ressuscitado conduziu os seus discípulos em direção a Betânia e enquanto os abençoava, separou-se deles e foi arrebatado ao céu. E eles, depois de o terem adorado, voltaram para Jerusalém com grande júbilo.

A narração de Lucas é uma página de teologia, não uma notícia sobre acontecimentos, extraída de um jornal. Nesta página nos é ensinado que Jesus atravessou por primeiro o “véu do templo”, que separava o mundo dos homens daquele de Deus e mostrou que tudo o que acontece na terra: sofrimentos e até os fatos mais absurdos, como uma morte ignominiosa, não estão fora do projeto de Deus.

Se a ascensão de Jesus é tudo isto, não causa estranheza que os Apóstolos a tenham saudado com grande alegria.

Segunda Leitura: Efésios 1
Paulo pede a Deus a sabedoria para os seus cristãos. Não se trata de uma sabedoria humana, mas da inteligência para compreender o mistério da Igreja. Embora comprometidos nas atividades desta vida, eles se sentem sempre como estrangeiros à espera que Cristo venha busca-los para ficarem com ele para sempre.

Evangelho: Mateus 28
O Evangelho de hoje situa o encontro de Jesus com os Apóstolos não em Jerusalém, mas na Galileia, mesmo lugar em que Jesus havia iniciado a sua vida pública.

O encontro do Ressuscitado com os discípulos acontece numa montanha.

Mateus coloca Jesus sobre a montanha, nos momentos mais importantes da sua vida.

Quando esta consideração é lembrada, compreende-se com facilidade o sentido da cena narrada no Evangelho de hoje: a missão dos apóstolos enviados para o mundo inteiro é um acontecimento de extrema importância.

As dúvidas dos Apóstolos são para nós um motivo de conforto. Nós acreditamos em Cristo, sim, mas constatamos também dentro de nós, a presença de incertezas, de fraquezas e também de pecados.

Esta realidade não nos deve conduzir ao desânimo: esta é a nossa condição humana, e Jesus veio para transformá-la, para trazer-lhe a redenção.

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