MEDO

'Meu filho não dorme com medo de morrer', diz mãe de aluno de Franca ameaçado com faca

Letícia Ribeiro dos Santos é mãe do menino de 11 anos ameaçado de morte na EE “Hélio Palermo”. Segundo ela, o filho não dorme direito e está com medo de voltar aos estudos.

Por Kaique Castro | 29/03/2023 | Tempo de leitura: 2 min
da Redação

Arquivo/GCN

EE “Hélio Palermo”: garoto que levou a faca foi suspenso das aulas
EE “Hélio Palermo”: garoto que levou a faca foi suspenso das aulas

“Meu filho não dorme com medo de morrer”. Essas são as palavras de Letícia Ribeiro dos Santos, mãe do menino de 11 anos que foi ameaçado de morte por um colega na EE "Hélio Palermo”, no Jardim Dermínio, em Franca.

De acordo com Letícia, a confusão se iniciou na última segunda-feira, 27, quando o garoto trombou com seu filho e uma amiga.

“O menino chegou nele no recreio e começou a xingá-lo. A amiga do meu filho disse pra ele não xingar e deu as costas pra ele, meu filho também. O menino achou ruim e foi atrás deles. Aí, ele pegou e falou para eles ‘eu vou te matar’”, contou Letícia.

A mãe relata que o filho e a amiga não acreditaram nas ameaças e foram embora sem falar nada para algum responsável da escola ou para os pais.

Na terça-feira, 28, quando o filho de Letícia chegou para a escola, o colega se aproximou e voltou a fazer ameaças, desta vez com a faca.

“Eles entraram para escola e o menino chegou no meu filho e na amiga. Ele falou que mataria os dois e mostrou a faca, ‘eu não disse que ia te matar, eu vou te matar”, continuou.

Com medo, o garoto e a amiga correram e foram para a diretoria e contaram o que havia acontecido. Os diretores foram na sala e encontraram a faca enrolada em uma toalha na mochila do menino.

Letícia afirma que o filho nunca brigou com o acusado e que eles não tinham amizade. “Eu sentei com meu filho, conversei com ele, perguntei o que tinha acontecido. Pedi pra ele me contar a verdade, porque não é que é meu filho que iria passar a mão na cabeça. Isso é uma coisa muito séria. Ele me falou que não conversa com o menino e nem amizade. É a primeira vez que ele estuda no Hélio Palermo. Não tem desavença com ninguém", continuou a mulher.

Agora, com medo, Letícia fala que o filho não consegue nem sair do portão de casa com medo do colega.

"Eu pedi na escola uma foto do garoto. Vai que eu levo meu filho pra escola e esse menino aparece e termina o que prometeu de fazer? Meu filho não dorme, não sai do portão de casa com medo de morrer. Eu mando meu filho pra escola e ele sai em um caixão? Misericórdia", lamentou.

O caso é investigado pela Polícia Civil e o aluno que levou a faca foi suspenso das aulas. A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo não respondeu ao portal GCN sobre o caso.

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2 COMENTÁRIOS

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  • AMAURI SOARES SIQUEIRA
    30/03/2023
    É preciso atualizar as leis brasieliras, nao existe mais puniçao a molecada estao tudo achando que é bandido, pois as aleis nao funcionam, entao ja entendem que o crime compensa sim se acham os donos da verdade. Nossas leis nao funcionam passando da hora de muda las.
  • Darsio
    30/03/2023
    Nesse caso, a faca de fato existiu, mas os fatos deixam claro que a Direção agiu corretamente, de modo que tudo aconteceu se alardes e, seguiu-se rigidamente o que a legislação estabelece. Quanto ao menor, as informações mostram que é mais uma criança rejeitada por escolas de tempo integral e, que como de costume, possuem o hábito de enviar os seus problemas para as outras escolas. A Escola Hélio Palermo é uma instituição tradicional e muito segura, mas que por estar cercada de escolas de tempo integral, acaba sendo o destino de muitos alunos com problemas disciplinares. Oras! Cada escola deve assumir os seus próprios problemas e para eles buscar soluções. E, fica a pergunta: se tudo isso estava acontecendo como bem relata a mãe, porque não procuraram a Direção? Sinceramente! Problemas como esse não é uma exclusividade da EE Hélio Palermo e nem somente das escolas públicas. Infelizmente somos uma sociedade podre, violenta e destituída de cultura e, todo o radicalismo na política somente contribuiu para agravar ainda mais essa realidade e, a escola se tornou o hospital para essas mazelas. Enquanto o Estado continuar a isentar os pais de suas responsabilidades quanto a educação de seus filhos, situações assim serão rotina.