Vamos iniciar a última semana preparatória para a Páscoa. É a semana das Dores na liturgia da Igreja.
Existem muitas situações que fazem nossa vida triste, entretanto, Deus nunca fica longe dos seus filhos. É o que nos ensina a Palavra de Deus neste dia.
Primeira Leitura: Ezequiel 37.
Entre os israelitas exilados na Babilônia em 597 a.C. há também um sacerdote Ezequiel destinado a ser o profeta do povo no exílio.
Transcorrem dez anos e Jerusalém é golpeada por uma nova catástrofe.
Ezequiel desenvolve a sua missão de enviado de Deus entre esses exilados. Anuncia ao povo derrotado e humilhado uma mensagem de conforto e de esperança.
Esta profecia, é evidente, se referia ao regresso dos deportados à pátria.
As palavras de Ezequiel podem ser aplicadas a todas as situações de morte nas quais os homens podem vir a encontrar.
Não esqueçamos, porém, que o Espírito do Senhor tem o poder de reanimar até os cadáveres.
Segunda Leitura: Romanos 8.
Todos os homens vão morrer. A vida material que partilham com os animais não dura para sempre. Também Jesus, sendo homem como nós, morreu, tinha que morrer. Ele, porém, ressuscitou. Por que ressuscitou?
Na leitura deste dia Paulo nos ensina que isto aconteceu porque ele possuía em plenitude o espírito de Deus, isto é, tinha em si a vida de Deus.
A vida do homem tem um começo e um fim. A de Deus, não. Ele não nasceu e não morre nunca.
Evangelho: João 11.
Nos primeiros versículos nos é apresentada uma família de alguma forma singular. Não há pais, não se fala de maridos, de mulheres, de filhos, mas somente de irmãos e irmãs.
Representa a comunidade cristã onde não há nem superiores, nem inferiores, mas somente irmãos e irmãs.
Acontece um fato que constitui um mistério humanamente insolúvel: a morte de um irmão.
Deixando que Lázaro morresse. Jesus nos diz que ele não veio para impedir a morte física, não é sua missão interromper o curso natural da vida do homem. Esta vida, bem o sabemos, deve terminar, não pode durar para sempre.
Jesus não veio para eternizar esta vida, mas para dar-nos a vida que não acaba.
Monsenhor José Geraldo Segantin é reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio.
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