O DER (Departamento de Estradas de Rodagem) do Estado de São Paulo remarcou para a próxima quarta-feira, 27, a abertura dos envelopes da licitação para pavimentação da rodovia Rio Negro e Solimões. Orçada em R$ 55,6 milhões, a obra irá asfaltar trecho de terra da antiga Estrada Franca-Batatais, entre o Aeroporto “Tenente Lund Pressoto” e o trevo da vicinal que liga a rodovia Cândido Portinari à usina Cevasa, em Restinga.

O processo licitatório sofreu um entrave, quando, em agosto, o TCE (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) suspendeu a escolha do asfaltamento da vicinal. A decisão foi tomada após uma empresa entrar com uma representação questionando os termos do edital.

“Quando se colocam exigências para ter garantia de que o serviço vai ser bem feito, algumas empresas ficam tentando alterar essas exigências. Isso faz parte do Tribunal de Contas: vem uma denúncia, o órgão analisa e, se houver fundamento, republica (o edital)”, explicou o prefeito Alexandre Ferreira (MDB), no dia 10 de agosto.

Com a republicação do edital, as propostas poderão ser entregues até às 10 horas da próxima quarta-feira, na sede do DER, na capital paulista. Após o vencimento do prazo, os envelopes serão abertos. A empresa que atender as exigências e apresentar o menor valor ganhará a licitação.

O início das obras representa o fim de uma novela que se arrasta por anos para o Governo do Estado de São Paulo e Prefeitura de Franca. Para ter uma ideia do quão antigo é o problema, Fernando Donizete Silva é proprietário de uma chácara no condomínio Bela Vista e passa pela rodovia desde 1986. Segundo ele, “está do mesmo jeito”.

“Buraco e lixo adoidado. Sinto um descaso, porque sou francano. Ver uma estrada dessa é o cúmulo. A gente está no ano de 2022. Isso aqui não podia existir de jeito nenhum”, disse Fernando, em matéria publicada pelo portal GCN em março deste ano.