A Palavra de Deus nos relembra o verdadeiro significado da “riqueza”. Quem é rico?
Primeira Leitura: Eclesiástico 1.
Cerca de 220 anos antes de Cristo vive em Jerusalém um homem sábio, que o povo chama Coélet, isto é, aquele que reúne ao seu redor uma assembleia, aquele que ensina a sabedoria a numerosos discípulos.
Esta frenética agitação coletiva, que envolve quase todos na ganância de acumular fortunas, não contagia, porém, o sábio Coélet. Ele é um indivíduo que medita sobre o ser humano, sobre o mundo e sobre o sentido da vida.
Coélet medita durante longo tempo sobre tudo o que acontece na terra e conclui: “Tudo é vaidade!” O homem, diz ele, busca a felicidade, mas a sua corrida é como a de alguém que persegue o vento.
O que fazer, então?
Coélet aconselha a seus discípulos um moderado aproveitamento de tudo o que a vida oferece.
Segunda Leitura: Colossenses 3.
Afeiçoai-vos às coisas lá de cima... pensai nas coisas lá de cima, não nas desta terra.
Para entender esse conselho, deve-se lembrar que, nesta parte da sua carta, Paulo está se referindo ao Batismo. Por este sacramento, ensina ele, o cristão morreu para a vida antiga, ressuscitou com Cristo e com Ele começou uma vida totalmente nova.
O cristão, ensina ele, se despojou do homem velho e se revestiu do homem novo.
Evangelho: Lucas 12.
Certo dia Jesus foi escolhido para mediador numa destas pendências familiares.
A situação diante da qual Jesus se encontra foi criada porque alguém tentou praticar uma injustiça, da qual um outro corre o risco de ser vítima.
Ao invés de resolver um caso particular, Jesus prefere ir até a raiz do problema: “Guardai-vos escrupulosamente diz Ele a todos, de toda a avareza, porque a vida de um homem, ainda que ele esteja na abundância, não depende de suas riquezas.
Eis a causa de todos os males: a ganância pelos bens materiais, a vontade de acumular coisas.
Mas então a riqueza é uma coisa má? De forma alguma! Jesus nunca a condenou, nunca exortou ninguém a jogá-la no lixo. Mas ensinou que deve ser compartilhada.
Os tesouros deste mundo são ingratos: não nos acompanham na outra vida. Só o amor é eterno.
Monsenhor José Geraldo Segantin é reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio.
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