Neste domingo, no Tempo Pascal, Jesus repete uma saudação: a Paz. Ele quer que tenhamos sempre a sua Paz.
Primeira Leitura: Atos dos Apóstolos 15.
A mensagem desta leitura é de importância fundamental. A tentação de seguirmos o mesmo modo de agir dos judeus, isto é, de impormos a todos as nossas tradições, se repete também conosco em nossos dias. Quem anuncia o Evangelho deve distinguir com clareza a essência da mensagem de Jesus e o invólucro cultural com o qual ela se reveste.
Segunda leitura: Apocalipse 21.
O livro do Apocalipse se destina aos cristãos que enfrentam dificuldades por causa das perseguições.
No trecho do domingo passado, ele considerava o povo de Deus sob a figura de uma esposa muito bonita. Neste domingo compara-a a uma maravilhosa cidade.
Nesta cidade não existe o templo, e isto é muito significativo. No céu não haverá mais ritos, nem cerimônias, nem práticas religiosas: o homem não precisará mais de mediações, encontrará Deus face a face. A maldade, o sofrimento, as trevas já não existirão mais.
Evangelho: João 14.
A primeira afirmação de Jesus é esta: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará e nós viremos para Ele o nele faremos nossa morada”.
O que quer dizer então que Jesus e o Pai estabeleceu sua morada em nós? Quer dizer que nós, depois de termos escutado a palavra do Evangelho recebemos a vida de Deus e nos tornamos capazes de realizar as mesmas obras de Jesus e do Pai.
No versículo seguinte, Jesus promete o Espírito Santo, o “Consolador que ensinará e recordará” tudo o que lhe tinha dito.
Jesus garante que os seus discípulos sempre encontrarão uma resposta às próprias indagações, se souberem prestar atenção às suas palavras e mantiverem o próprio coração aberto aos impulsos do Espírito.
Na última parte desta passagem encontramos a promessa da paz: “Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como o mundo a dá”.
A paz prometida por Jesus viceja onde se estabelecem entre os homens relações novas.
Monsenhor José Geraldo Segantin é reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio.
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