SAÚDE

PS fica cheio e pacientes esperam três horas por atendimento nesta segunda-feira

Por Vinícius Nunes | da Redação
| Tempo de leitura: 3 min
Vinícius Nunes/GCN
Pacientes no Pronto-socorro 'Álvaro Azzuz' na manhã desta segunda-feira, 25
Pacientes no Pronto-socorro 'Álvaro Azzuz' na manhã desta segunda-feira, 25

Logo após o feriadão, o Pronto-Socorro “Dr. Álvaro Azzuz” ficou cheio na manhã desta segunda-feira, 25. Os pacientes contam que esperaram cerca de três horas para receber atendimento, além de alegar falta de remédio nas farmácias e mau atendimento por parte da equipe de enfermagem do pronto-socorro.

Na fila na recepção do pronto-socorro - onde os pacientes passam para serem direcionadas ao atendimento -, cerca de 20 pessoas aguardavam. As pessoas se aglomeravam do guichê até a calçada do pronto-socorro.

Algumas cadeiras estavam desocupadas no PS, mas isso porque havia dezenas de “cadeiras extras” para que os pacientes aguardassem. Se não fossem as cadeiras adicionais, parte dos pacientes do local não teria onde se sentar e seria necessário aguardar o atendimento de pé.

Aqueles que aguardavam por atendimento contam que a espera é agonizante, principalmente para quem está passando mal. “Está superlotado lá dentro. A demora está sendo em tudo, seja na aplicação de medicamentos, no acolhimento ou lá dentro para sermos atendidos pelos médicos", contou Maísa Moraes Nascimento, 28, que deu entrada no PS às 8h e saiu por volta das 11h.

"Quem espera aqui está sofrendo, todo mundo está passando mal e é muito ruim para quem está esperando nessas condições. Além de tudo, vou ter que comprar os remédios receitados, porque na farmácia não tem todos os remédios disponíveis”, completou Maísa.

A Prefeitura de Franca explicou que a farmácia do pronto-socorro foi destinada para a distribuição de medicamentos de tratamentos aos sintomas da covid-19. "A Secretaria de Saúde já está trabalhando para que, nos próximos dias, o serviço seja ampliado e os demais medicamentos também sejam fornecidos na unidade", informou através de nota.

Além da demora, alguns pacientes alegaram descaso por parte da equipe do PS. “Cheguei aqui às 7h50 e estou saindo às 11h. Só para a triagem demorou mais de uma hora. Depois disso, pedem para a gente esperar e, lá dentro, vemos as enfermeiras mexendo no celular, não dando a devida atenção. Tudo isso deixa a gente pior do que já temos. No local de aplicar medicações, as 20 cadeiras estavam todas lotadas, os pacientes que iam chegando esperavam de pé, e nem mesmo tinha espaço para todos receberem as medicações”, conta a operadora de caixa Pamela Kenia.

Pronto-socorro Infantil
No PS Infantil, a ocupação do local era maior quando comparado com o "Álvaro Azzuz". Todas as cadeiras da fila de espera estavam ocupadas na manhã desta segunda-feira, 25. Devido à lotação, alguns pais esperavam com seus filhos do lado de fora do pronto-socorro, enquanto outros aguardavam de pé no interior da unidade de saúde.

“Cheguei aqui às 7h30, mas agora são 10h30 e ainda não atenderam minha filha. É a segunda vez que trago ela, eu trouxe recentemente e a demora foi a mesma. A equipe do PS pede para esperarmos, mas não explica a razão da demora”, lamentou a serviços gerais Andressa Oliveira Carvalho.

Apesar da lotação no PS Infantil, alguns pais contam que o atendimento era de cerca de duas horas e estava "rápido" quando comparado com outros dias em que foram ao local. “Entrei às 7h30 e estou saindo às 10h. Quando venho, sempre demora. Hoje até que foi rápido. Da última vez que vim para cá, cheguei às 11h e fui embora às 15h”, disse Beatriz Cristina Moraes.

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