De modo especial no tempo da Quaresma, Deus nos convida a mudar os rumos errados da vida, corrigindo o que consegue nos prejudicar.
Primeira Leitura Êxodo 3.
O trecho inicia-se apresentando-nos Moisés que está pastoreando no deserto do Sinai.
Sai todos os dias para levar ao pasto o rebanho do sogro.
Enquanto Moisés está pastoreando o rebanho do sogro no monte Horeb, Deus lhe diz: “Eu vi a aflição do meu povo que está no Egito e ouvi os seus clamores por causa dos seus opressores.
Moisés entende que o Senhor precisa dele.
Mas se eles me perguntarem: Qual é o seu nome? O que é que eu lhes direi?
Deus responde a Moisés: dirás aos israelitas: Eu sou aquele que sou, ou melhor, Eu serei aquele que serei. Por que Deus quer ser chamado com um nome tão estranho?
Significa: vós entendereis quem eu serei; vereis por aquilo que farei quem sou.
Segunda Leitura: Iª Coríntios 10.
A comunidade de Corinto é bastante fervorosa, entretanto, como acontece em todos os lugares, há também alguns aspectos negativos: discórdias, imoralidades, invejas. Alguns destes cristãos acham que é suficiente o batismo para terem certeza da própria salvação. Paulo percebe então que os cristãos de Corinto estão se embalando numa perigosa ilusão.
Para corrigir esta falsa convicção traz então o exemplo do povo de Israel. Diz-lhes: todos os israelitas acreditaram em Moisés e o seguiram; atravessaram o mar Vermelho, foram protegidos pela nuvem, comeram o maná e beberam a água que jorrou da rocha, mas no fim, por causa da infidelidade, nenhum deles entrou na terra prometida.
Evangelho: Lucas 13.
O ensinamento da parábola é claro: daquele que ouviu a mensagem do Evangelho, Deus espera frutos saborosos e abundantes. Não quer práticas religiosas externas, não se satisfaz com aparências, procura obras de amor.
Diversamente dos outros evangelistas que nos falam de uma figueira estéril, que secou na mesma hora ou pouco depois, Lucas, o evangelista da misericórdia, fala de mais um ano de espera, antes da intervenção definitiva.
Ele apresenta um Deus paciente, tolerante com fraqueza humana, compreensivo com a dureza da nossa mente e do nosso coração.
A parábola é um convite para considerar esta Quaresma como um tempo de graça, como um novo “ano precioso” que é concedido para que a figueira produza frutos.
Monsenhor José Geraldo Segantin é reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio.
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