DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

Politicamente correto

Por José Lourenço | especial para GCN
| Tempo de leitura: 1 min

Criticam o politicamente correto, dizendo que hoje em dia não se pode chamar a pessoa de “criolo”, “negão”, e que isso é um absurdo.

Por que é tão difícil pra esses irmãos e irmãs chamarem uma pessoa negra pelo nome?

Chamar a pessoa pelo nome é uma das regras básicas de civilidade e boa educação. No entanto, por conta da perda do privilégio de discriminar o outro sem drama de consciência e sem temor de consequência, eles e elas estão inconformados.

Insistem que as cotas nas universidades é um privilégio. Não adianta lhes explicar, pois não querem entender que é direito e equidade, uma migalha de reparação por séculos de injustiças absurdas. Não querem sequer admitir os verdadeiros privilégios – aqueles seculares que decorrem da branquitude estruturada.

Dizem-se seguidores fiéis de Jesus Cristo, mas se imaginam superiores, dignos de mais direitos e privilégios – não de deveres, inclusive deveres cívicos, de fraternidade e de solidariedade.

Então, qual é a importância da Consciência Negra, celebrada pelas pessoas de índole antirracista e criticada pelas demais?

Demonstrar que o racismo é perverso e desmascarar as injustiças que há séculos ele tem causado; trazer a compreensão do que é ser negro neste país; enfatizar a contribuição da população escravizada e afrodescendente na formação da nação, do povo e da cultura brasileira.

Todo dia é dia. Axé!

José Lourenço é promotor de Justiça (aposentado) e presidente da Academia Francana de Letras.

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