Bob Fosse,

Por Lúcia Brigagão | Especial para o GCN
| Tempo de leitura: 2 min

ou Robert Louis Fosse, nasceu em 23 de junho de 1927 e viveu, embora intensamente, apenas 60 anos. Era americano. Foi dançarino, coreógrafo e diretor  de musicais de teatro e cinema além de ator que, com seu estilo distinto, reformulou a estética do teatro musical moderno. Nos palcos assinou peças como The Pajama Game, Damn Yankees, Sweet Charity, Pippin, Chicago e no cinema,marcou seu nome emSweet Charity Lenny, Cabaret  e All That Jazz.  Não precisaria ter feito mais nada, mas assinou muitos outros magistrais trabalhos. Foi gênio da coreografia. O estilo de Fosse era caracterizado por sua sensualidade lenta e angular. O estilo acabou sendo intrinsecamente ligado aos múltiplos musicais da Broadway que coreografou, incluindo The Pajama Game (1955), Damn Yankees (1956), Sweet Charity (1966), Pippin (1973) e Chicago (1975). Quando Pippin foi revivido em 2013, apresentava a coreografia original de Fosse.

O estilo distinto de coreografia de Fosse incluía “joelhos virados para dentro” e "mãos de jazz” – “turned-in knees and jazz hands”, além do chapéu na mão e ombros encolhidos, gestos facilmente reconhecíveis nas coreografias de Michael Jackson, Liza Minelli e mesmo Catherine Zeta-Jones. Ainda hoje, em espetáculos de dança de escolas, nos palcos, no cinema ou na televisão, quando se vê um movimento de dança Fosse, mesmo que sejamos leigos, reconheceremos algum típico “movimento Fosse”.

Embora Fosse tenha começado e feito sucesso no teatro ao vivo, sua influência é notada no cinema também. Ele dirigiu cinco longas-metragens. O primeiro foi Sweet Charity (1969), adaptação para o cinema da versão para o teatro estrelada pela esposa de Fosse, Gwen Verdon. Embora ele tenha morrido antes de poder adaptar Chicago para filme, sua coreografia de jazz aparece fortemente no filme vencedor do Oscar de 2002, estrelado por Liza Minelli. Na história de premiações, Fosse é a única pessoa a ganhar os prêmios Oscar, Emmy e Tony no mesmo ano (1973). Foi indicado para quatro Oscars: como Melhor Diretor por Cabaret, ganhou a Palma de Ouro em 1980 por All That Jazz. É dele, também, o recorde de oito Tonys para sua coreografia, bem como um, para direção de Pippin. Um vencedor.  

No raro longa metragem O Pequeno Príncipe, de 1974, com Gene Wilder no papel de Raposa e Steve Warner no seu único papel no cinema como o Príncipe, Bob Fosse aparece como a Serpente. É antológica a cena, porque ele consegue nos fazer enxergar com sua dança, meneios, requebros, torções e trejeitos, o animal insidioso que ameaça o Pequeno Príncipe com seu fascínio, sedução e encantamento. Recentemente saiu a minissérie FX Fosse/Verdon, considerada “análise do casamento das lendas do teatro musical Gwen Verdon e Bob Fosse” e seu impacto no teatro musical moderno.  Michelle Williams é Verdon e Sam Rockell é Bob Fosse. Pelas prévias, promete!

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